sexta-feira, setembro 28

A saga continua

... já se me aliviou a "inrritação", já nem estou disposta a perder muito tempo com este tema...
tenho então agora um rapaz de voz anasalada, que responde pelo nome de Sérgio, depois de muitas explicações e conversas, esperas e desesperos, concluiu que aquilo também o excedia... no seu entender, o cartão está com defeito, parece que outros clientes estão com as mesmas dificuldades... aí deu-se um milagre... o Rapaz, agora que era óbvio que não se tratava de uma cliente totalmente lerda(só em parte lerda),e ainda por cima à beira de ficar sem crédito no telemóvel, num golpe todo ele de atenção e solicitude pediu-me um contacto telefónico para me puderem contactar assim que o problema se resolva. Inédito, comovente, reconfortante!
Ainda que tenha dúvidas sobre a existência do tal contacto, confesso que me sabe bem esta sensação de que há por aí, nesse inacessível e impenetrável labirinto que é a CGD, um tal de SÉRGIO que está a tomar conta do meu caso!
Até lá vou pretender que resolvi o assunto naquilo que de mim dependia... agora é com o Sérgio!

quinta-feira, setembro 27

O Cartão Matriz - um desabafo

O nome do cartão nem é mau mas eu devia ter imediatamente desconfiado que a Caixa Geral de Depósitos não aguentaria a pedalada, tanta descomplicação, sei lá eu! Cartão Matriz, Matrix, não sei mas há algo de ficção neste objectivo!
Sou novata nestas andanças mas pareceu-me que estava na hora de consultar as minhas parcas finanças online. Avancei segura de que a inteligência não era para ali chamada e eu estaria à altura do "desafio"!
Enganei-me!
Depois de longos quartos de hora a tentar entender a simplicidade do "processo"comecei a suar e a reconhecer que teria que dispender mais tempo e empenho do que aquele que levianamente tinha, à partida, pressuposto.
O programa insistia em informar-me que eu não possuía nenhum cartão matriz para activar, ainda que eu tivesse na mão aquele que, depois de solicitado online três dias antes, tão prontamente me havia chegado pelo correio.
Decidi-me pela CaixaDirecta Telefone, já que a CaixaDirecta online não me estava a facilitar a vida.
Aí foi labirintico... de tal maneira que depois de 4 telefonemas e 10 euros gastos eu já não sabia dizer por onde tinha andado... falei com três operadores, fui obrigada a difíceis exercícios de perícia e concentração tipo:- Digite o terceiro número do seu cartão de contribuinte, digite o sexto número do seu cartão de contribuinte (isto assim, vindo do nada, sem aviso nem preparação);
no intervalo da espera entre cada passo fui obrigada a ouvir toda a caderneta de ofertas da cgd, com música de fundo;
cada operador com quem falei se apresentava formatado como se não se tratasse de um directo mas sim de uma gravação, muito mecânicos, sempre a tentarem desviar-se atirando-me, sem dó nem piedade, o caminho impessoal da conversa que já tinha tentado ter antes com o teclado do meu telemóvel, sem resultado.
Saga a continuar e a rever, mais tarde, talvez amanhã

segunda-feira, setembro 24

Dominante e Dominada???

Existe, em muita gente, a ideia de que as mulheres gostam de homens autoritários e dominadores!
Fico aqui a conversar com os meus botões e a tentar avaliar em que medida é que isso tem algum fundamento!
Assim, numa primeira abordagem, penso que se calhar confundimos firmeza e carácter com autoritarismo e prepotência! Aquela caricatura do macho que arrasta a SUA fêmea pelos cabelos para dentro da gruta fica mesmo melhor nos Filinstones... não acho que uma mulher saudável e equilibrada possa sentir que esse tipo de homem vem de encontro aos seus sonhos!
Já aquele homem que está ao nosso lado, capaz de tomar as rédeas do corcel, inspirando-nos confiança pela forma segura com que encara as turbulências do destino, um ombro forte, não de biceps, mas de equilíbrio e confiança em si, sem se abalar demasiado com os nossos abalos, aceitando o nosso obscuro e insondável mundo secreto sem por isso se sentir ciumento ou posto em causa... enfim pode ser que este homem seja o fruto de uma relação de confiança e lealdade, entre duas pessoas, mas será este o companheiro dos meus ideais!
Talvez esses jogos de dominante e dominado sofram alternância até se atingir um saudável e maduro equilíbrio... se à partida não julgarmos que o nosso papel, numa relação a dois, é estático e imutável ao longo dos tempos (e ao sabor das relações), consoante a experiência acumulada e BEM digerida, então não vamos entender os sinais de mudança, e não teremos a inteligência e criatividade para o fazer! Se pelo contrário soubermos aproveitar, generosamente, as vivências anteriores para nos tornarmos mais capazes para o AMOR, porque afinal é só disso que se trata, então atingimos o estado em que o ideal é ombro no ombro a apoiar, cedendo o palco e o protagonismo, sem pruridos, pois naquilo em que o outro está mais à vontade é ele que deve ter a mão, quando formos nós ao leme não nos sintamos superiores porque isso de superioridade não dá felicidade, não faz amigos, nem dá amor, é um beco sem saída!

quinta-feira, setembro 20

Guiducha

Guida filha onde andas tu?
Tás na espreita e nada comentas???
Ou ainda não te apercebeste do meu fulgoroso regresso!!
Pá, já postei uma BECA de coisas nices e tu népia minha, vê lá isso!
tásse bem!

Adolescentes

Antes de enviar para a lixeira este mail que escrevi, há meses, a uma mãe amiga, resolvi lê-lo e gostei... gosto de me reler, nunca me lembro das palavras que escolhi e fico sempre agradavelmente surpreendida, modéstia à parte.
Aquela a quem estas palavras foram dirigidas há-de entender que as atire a outras mães de outros Afonsos, Franciscos e Franciscas, Joanas e tantos outros que na sua sede de crescer nos vão tirando o sono.
Paciência, é a palavra chave, com um pouco de bom senso, e inteligência associados, mais o tempo a passar, tudo se resolve!!!
E depois são só 8 ou dez anitos, passam a correr... estou no gozo...
Manter um balanço positivo, sentido crítico, tentar estratégias novas, dar luta, não pensar que hoje vai ser igual a ontem, pois podemos sempre tentar que seja melhor, pelo menos a nossa atitude! A Francisca e o Afonso já nada esperam de nós... nesta fase querem distância, querem avaliar ( pela negativa) as nossas verdades, tudo o que lhes transmitimos vai ser ridicularizado, avaliado à lupa, eles precisam(exigem) que nos distanciemos deles para que o possam fazer sem confrontos constantes. Para poderem estruturar as suas próprias convicções, no sentido de encontrarem o caminho que mais lhes convém vão mesmo ter de fazer alguns disparates (lembras-te, também por lá andámos); vão bater o pé e dizer que não querem ser como nós, vão afirmar que os tempos são outros, alegar que estamos desfasados da realidade, e eles até sabem MUITO BEM tudo o que devem saber sobre a vida! Pois... agora deixamos de ser os seus educadores, os seus acompanhantes... ficamos na expectativa de ver o resultado da educação que lhes demos, enquanto isso foi possível. Agora é a vida, são os amigos, o mundo lá fora, não é fácil para eles sacudirem-nos para longe mas é uma necessidade a que não podem fugir. Faz parte do seu crescimento e vai correr tudo bem... acredita, daqui a 10 anos ela cai-te nos braços com cartas de amor e agradecimentos sentidos por tudo o que lhe deste, todo o amor, toda a paciência toda a terna atenção para ti que foste a melhor mãe do mundo. Aí consolas-te e agradeces esse momento que parecia nunca chegar. Até lá mostra-te disponível, quando ela queira, atenta se ela precisa, e respeita, quando puderes, os limites que ela te exige, pois não temos outro remédio. Eu até consigo ver a graça de tudo isto: tantas certezas e convicções, tantos medos e complexos, tanta euforia, tanto precipício, tanto voo, tanta queda; é uma fase fantástica da vida e a última coisa que desejamos é que nos vejam como inimigas... não como amigas, tudo bem, isso seria pedir demais, mas pelo menos um sorriso, uma brincadeira, um gesto terno. A vida agora toma conta deles.
PS deixei o Afonso ir ao Sudoeste, 5 noites fora de casa, eu com o coração nas mãos mas encarando estas experiências como necessárias saudáveis e incontornáveis. Se era o seu maior desejo para quê esperar mais um ano? Assumi esta decisão sózinha, fi-lo meu cúmplice, disse-lhe que o resultado tinha de ser o melhor, e pronto ontem , para meu alívio regressou a casa "uma beca estoirado mas feliz". Para mim foi como se ele tivesse mais tarde ou mais cedo de levar esta "vacina". Já está, correu bem e eu ontem dormi tranquila, até à proxima, que há-de ser antes de eu me ter preparado; é sempre assim com os adolescentes, nunca estamos preparados, parece-nos sempre cedo... para eles tudo lhes é urgente, tudo vem tarde, sentem-se presos ...... e nós, cá em baixo, ficamos estarrecidos, de coração palpitante nas mãos, a vê-los, de asas abertas, nos seus primeiros voos, ainda tão atabalhoados mas tão corajosos, tão aventureiros, tão saudavelmente cheios de fé: na vida, nos outros, neles próprios... dão gosto, respeito e ternura estes nossos rebeldes adolescentes!

terça-feira, setembro 18

Naftalina

Acabo de fazer mais uma descoberta: a minha escolha de blogues para visitar está dinossaurica; exceptuando a Marta( e pouco mais, o Sam que faz uns raids rapidíssimos, por ex.) que trata o seu Blogue como uma profissional de se lhe tirar o chapéu, servindo aos seus visitantes o que de melhor de possa imaginar, os outros blogues por mim escolhidos estão, a cair num coma bloguico de onde não prevejo bom desenlace.
Até isso vou ter de repensar... mas com calma!

Julho - uma / Agosto - zero

Eia, eia... ena pá... só agora caí em mim...
Andei mesmo por fora e só agora que aterrei é que me dou conta da dimensão da ausência...
nem sei como ainda há quem aqui venha espreitar; em Julho escrevi unzinho post em Agosto ... um deserto, nadica de nada!!! Passou mesmo assim tanto tempo????
Estou pasma, afinal sou mesmo daquelas de quem se fala, essas que viram as costas com leveza e descontração natural, arrancam e não olham para trás, como se não tivessem laços nem compromissos, como se não houversse amanhã! Das que quebram a rotina sem apelo nem agravo, doa a quem doer, porque afinal elas sabem que não dói a ninguém e quando há braços há abraços e sempre alguém com eles estendidos, para nos receber e dar as boas vindas!

segunda-feira, setembro 17

A relativa beleza da vida

A beleza das coisas depende dos olhos e da motivação com que as coisas são olhadas!
Por isso eu falo do meu mundo, que não será belo para todos, com o enlevo de quem vê um filho crescer!
Depois de ter lançado outras sementes e erguido outras paredes vi tudo ruir, fui obrigada a abandonar a embarcação e lancei-me ao mar já sem folego, acreditando que sobrevivia mas sentindo as forças abandonar-me a cada braçada.
A vida tem destas surpresas: mal podia acreditar que existia, bem perto, um ninho seguro onde pude secar as lágrimas e reaprender a voar, a acreditar!
Como se não bastasse, nesse "quartinho" de terra, encontrei um grande amor naquele que era já um bom e velho amigo. Daqueles cliques em que custa a acreditar; amizade e confiança que se fazem amor e desejo num passo de magia, dum momento para o outro! Não é fácil encarar... depois de passado o susto inicial dá para encontrar, em memórias antigas e sinais subtis, os laços que nos entrelaçaram nesta amizade e, mais tarde, nos envolveram e uniram secreta e profundamente um ao outro. Para mim foi uma surpresa, mas não para ele... estava à espera duma oportunidade, mas sem muita fé!
Aconteceu, já lá vão 8 ou 9 anos e estou feliz por isso!
Isto tudo para dizer o quê?
O Monte, a Ilha do Farol , o meu trabalho numa biblioteca, seja o que for de que eu fale ...têm de dar o desconto... eu gosto de ver beleza e por isso faço por ser cega para o que me não descansa os olhos... o Monte é bonito, sim senhor; para mim é um pedacinho de paraíso sobre a terra, o meu paraíso! O Farol é uma boa praia... para mim é a melhor! O emprego não paga nem o mais básico dos consumos. Usufruo destes prazeres ignorando a falta de conforto que lhe está associada; o Monte sempre em obras, a ilha sem luz nem água de rede, a instabilidade profissional, enfim... a verdade é que estas são para mim pequenas contrariedades que não me impedem de estar feliz com os privilégios que o mundo me oferece.
Que não se pense numa Inês com tudo o que é bom... acreditem, eu recuso-me a ver o feio e o mau à minha volta!
É tudo tão relativo... uma questão de ponto de vista... gosto de citar a frase do amigo Jorge: "Reduz as necessidades se queres passar bem", é nisto que acredito, é o que tenho feito, dou-me bem com a receita e recomendo!

sexta-feira, setembro 14

"NÃO SE GOVERNAM NEM SE DEIXAM GOVERNAR"

Podia dizer tanto mal dos portugueses que "não se governam nem se deixam governar", do estado do país, da policia judiciária ou do Scolari;
procurar culpados e inocentes neste carrocel, apontar carrascos enaltecer vítimas, chocar-me com tanta bestialidade à minha volta, desesperar-me com a circunstancialidade dos juízos, afligir-me pelos inocentes, explodir de revolta, chorar de desespero...
deixar sangrar até ao silêncio este meu coração que não deixa de se comover com tanta injustiça, tanta desigualdade; podia já sossegar este meu corpo que se debate numa aflição de tamanha impotência...
Mas animem-se os que por aqui passarem; vim só para vos desejar, do mais fundo de mim, um bom fim de semana, alimentando o desejo de que, apesar dos pesares, consigamos a paz e a felicidade que merecermos!

sábado, setembro 8

Li algures, neste mundo mais do que virtual, que nas férias muitos bloguistas se comportavam na sua relação com os blogs que criaram de igual modo aos donos dos cães que partem soltos e despreocupados para férias deixando para trás os seus animais de estimação!
Foi exactamente essa descontraida mulher sem dores de consciência que fui encontrando dentro de mim ao longo destas semanas... como se não houvesse amanhã!
Mas o amanhã chegou e é muito saudável nesta "rentré" aqui reencontrar este espaço onde todas as palavras podem ser largadasà sua sorte, sem patrão nem censura.
Quando solto as ideias, espalhando as em forma de letras por este teclado fora, estou acima de tudo a abrir a "saison" do reencontro comigo mesma, estou a dar tempo e espaço para ouvir o que este silêncio dentro de mim esconde.
É reconfortante, de quando em vez, sentir o olhar de quem por aqui passa, o mimo da palavra deixada, um olá que eu vou encarar agora como um: ok miúda, podes voltar, estás perdoada!

quinta-feira, setembro 6

estou de volta
pensamento à deriva, satisfeito de azul, diluido em horizontes planos, pleno de maresia, enfeitado de algas e luares, enchendo-me a cabeça de constelações e prometendo outras viagens, outras paragens nesta aventura de viver.
estou de volta
estou feliz
ainda trago dentro de mim a canção do mar, trago o balanço das ondas para me aligeirar o passo e o sentir
estou voltando, um passo, depois do outro não vão as algas soltar-se dos meus cabelos, e a espuma branca que me lava a alma evaporar-se sem ter tempo de lhe atirar um até já.. até sempre

o que me faz feliz

o que me faz feliz
o meu mundo ao contrário

O meu Farol

O meu Farol

A bela foto

A bela foto
o descanço dos meus olhos

A minha cama na relva

A minha cama na relva

O meu Algarve

O meu Algarve

...enquanto uns trabalham...

...enquanto uns trabalham...