sexta-feira, setembro 4

O prazer da leitura

É um dos grandes gozos que desta vida me ofereço, o prazer da leitura
De uns livros gosto mais, de outros menos
como toda a gente
uns por me envolverem num argumento sumarento, outros pela sua originalidade, também me rendo incondicionalmente à qualidade literária; um talento personalizado e superior para usar as palavras vestindo na perfeição a ideia trabalhada... e apurada... até que o outro, o leitor, a devore... ou com ela se delicie!
Pelos mais variados motivos faço de um livro o meu companheiro até ao voltar da sua última folha... até que o tenha consumido fisicamente da primeira à última página e possa então alimentar-me verdadeiramente de cada letra, palavra, ideia... todos os capítulos a circularem-me alinhados ou em confusão por mim a fora... e dentro!
Mas o livro que amamos enquanto o lemos, aquele que nos tilinta por dentro ao longo das horas que não passam, marcando-nos um encontro muito íntimo, irresistível, aguardando com impaciência o regresso a casa... esses não são tantos assim...
Estou aqui a teclar pensando nele, no tal apelo que me leva a sentir que tenho à minha espera um prazer, um gozo, um momento de silêncio e encontro como só na leitura se consegue.
Assim que lhe conheci o nome fique imediatamente com os sentidos alerta... pareceu-me que chamava desde logo a minha atenção:
" A Solidão dos Números Primos"
Tudo no livro vale a pena, tudo é único, jovem e rejuvenescido, original, muito muito ternurento e emotivo, maduro e profundo, leve mas muito consistente, tanto que até pode parecer pesado, inteligente, arrebatador e comovente, único!
Quando comecei a sentir o desejo de transcrever uma e outra frase, uma conclusão, ou constatação, página após página, percebi que me devia deixar levar, como um menu de degustação, uma viagem ao passado, presente e futuro dos nossos sentimentos e afectos, da igualdade da diferença e da diferença da igualdade, tão mas tão bem conseguido que tenho de parar de tempos em tempos, respirar fundo, sorrir e deleitar-me com tão fantástica partilha!
Bom, já deu para perceber, é que estou mesmo a gostar do livro!
... dá para meninos e meninas.... jovens médios e entradotes... todos... penso eu...
... ah e se querem saber autor e sua biografia, editora e coisa e tal, isso não é aqui.
Aqui é mesmo só para dizer um bolas, BOLAS... não deixem de ler... é um EXCELENTE livro!

3 comentários:

Cristina Paulo disse...

Querida Inês, vou juntá-lo à minha lista de livros a adquirir (devagarinho que o aperto financeiro continua). Como tu eu adoro ler...ler sempre foi um exercício de libertação, uma forma de viajar,de conhecer novos mundos, de abrir horizontes, porque quando leio mergulho em cada palavra e rendo-me a todas as sensações, emoções, situações...
A lista já vai grandita...sem contar que neste momento estou a ler uns 4 ou 5 livros em simultaneo...
Beijos de luz!

xistosa, josé torres disse...

Já o li a correr, em espanhol, que uma cunhada me levou para o hospital.
Algo de grandioso e pequeno, uma história de amor que não o é, ou será?
E o amor que está sempre presente, ausentou-se.
Como li diversos, só depois de voltar a folheá-los é que assento as ideias.
É uma atracção de dois sinais com a mesma carga atractiva que se tentam unir ...

É uma boa leitura sem dúvida que nos obriga a passar folha atrás de folha ...

Boas indicações para quem não conhece.

Anónimo disse...

Acabei de ler “A Solidão dos Números Primos” há umas 2 semanas! Ainda penso nele apesar de ter começado a ler, logo de seguida, “O Último Símbolo” de Dan Brown.

É daquelas estórias que ficam connosco por algum tempo. Sem desvalorizar a capacidade de escrever de PaoloGiordano, evidentemente, achei o livro deprimente... A solidão assusta-me! E os números primos são solitários. Sim... pensei que se tratasse de uma estória de amor em que ambos acabariam por se ajudar mutuamente e ... voilá... seriam felizes para sempre! Tal como uma estória cor de rosa!

Admiro Paolo Giordano pela sua escrita, por saber desenhar com palavras as emoções fortes das duas personagens... Segundo me parece, é o seu primeiro livro.

C.

o que me faz feliz

o que me faz feliz
o meu mundo ao contrário

O meu Farol

O meu Farol

A bela foto

A bela foto
o descanço dos meus olhos

A minha cama na relva

A minha cama na relva

O meu Algarve

O meu Algarve

...enquanto uns trabalham...

...enquanto uns trabalham...