segunda-feira, dezembro 17

Até...

Vou estar longe do meu blogue uns dias, umas mini férias...
Até lá fiquem bem com ou sem festas, mas com amor e sonhos doces!
Até para a semana

sexta-feira, dezembro 14

De novo para considerar o quanto difícil é educar... seguem estas palavras!
Há o educar pensado, o educar vivido e o estilo deixa andar... haverá outros mas fico por aqui!
No educar pensado, avaliamos estratégias, tecemos planos, lemos, perguntamos e observamos, pesamos culpas e pesares, suspiramos qb, concedemos perdões, ajuizamos atidudes, baralhamos tudo e voltamos ao início!
No educar vivido, excedemo-nos, contemo-nos, todas ternura, todas ameaças, dando e tirando, "au fûr et à mesure", de olhos bem abertos, ou olhar de soslaio, olhando de cima, ou ombro no ombro, cúmplices, autoritárias, no fim, suspiramos... baralhamos tudo e voltamos ao início!
No estilo deixa andar, a vida é deles... eu sou só A MÃE, eu já o avisei, tu vê lá o que vais fazer, mas a vida é tua, dei-lhe as ferramentas cabe-lhe aprender como usá-las, o saber é feito de experiência, não é com a nossa experiência que vão crescer, e mais aquelas de o futuro a Deus pertence, Deus o proteja... quando damos por nós a apelar a um qualquer anjo da guarda que os poupe a desgraças e excessos que as tentações até já sabemos que fazem parte do crescimento.
A receita não traz as medidas e a minha balança tem um fiel muito tendencioso... pende sempre para o excesso de açucar e manteiga derretida... segue tudo a olho e, depois de "baralhar" os ingredientes, quedo-me, fingidamente distraída, suspirando e torcendo para que o resultado não se vá estorricar, e ainda que todos apreciem o petisco, porque para mim não há melhor!

Boas Festas

Esta é a aquela época do ano em que todos atiramos para a balança da nossa praça "pública", pelo menos do nosso circulo familiar e social , as varadíssimas considerações sobre Natal e Fim de Ano... porque gosto mais de uma comemoração do que de outra,... uma entendo e outra nem tanto,... uma é da família, a outra dos amigos,... enfim, assim como como as estações do ano este é um tema inesgotável!
A simbologia e o carácter pessoal com que sentimos e vivemos estes eventos, carregados de memórias, evoluiram connosco através do nosso percurso, das nossas histórias de Natal , e encaramos em 2007 o resultado das experiências acumuladas das anteriores consoadas!
Mais do que as diferentes culturas, mais a sua indiferença ou os seus respectivos festejos, a mim importa-me avaliar o percurso pessoal, e a respectiva digestão do mesmo; o que eu gosto mesmo é de tentar entender, em cada caso das pessoas com quem falo, o peso ou importância que o Natal representa para cada uma delas; quanto a mim, Natal é, em primeiro lugar e antes de tudo o resto, uma palavra que traz em si um album de recordações e não se pode generalizar juízos! A carga de sentimento, como todo o sentir, a cada um diz respeito, é pessoal, subjectiva e nem sempre as palavras que usamos lhe dão o verdadeiro sentido!
Tudo o que contribuiu para esse ponto de situação, (a religião, as culturas diversas), pode ser também pensado e estudado mas , como dizia, é o momento de cada Natal, para cada um de nós que me leva a revisitar outros passados e memórias para além do meu.
Egoísmo e consumismo não precisam de Natal para chocar os mais sensíveis! Novo riquismo e exageros são males desta sociedade de merda que usa qualquer pretexto para se exibir. Pobres e ricos, sós ou acompanhados, solidários ou egoístas, frutos em diferentes estados de maturação em que tropeçamos todos e dias.
Hoje para mim o Natal é um pretexto para encontros e atenções que se podem ter todos os dias, é certo, mas as minhas recordações doutros Natais levam-me a desejar, família, aconchego, sonhos e rabanadas, boa vontade, sorrisos doces e fraternos, sem grandes logísticas, de forma muito caseira, o encontro entre seres da mesma espécie que se reunem e comemoram os laços que os unem em paz e harmonia!
São tão raros os momentos de que dispomos com este tipo de motivação que só por isso eu diria: vale a pena o Natal!

segunda-feira, dezembro 10

Tudo bem, por aqui!
Para além duma violenta gripe de que ainda não me curei completamente a vida vai bem!

Dark Side

no meu silêncio visto-me de negro e cubro-me de distância
isolo-me no cume gelado da minha solidão
reduzo-me à dimensão duma poeira
em explosão de sofrimento cósmico

no meu silêncio mora o meu mais mudo e irredutível autismo
as minhas dores mais lancinantes
os meus partos impossíveis

no meu silêncio moram todas as minhas dúvidas e anseios
medos e desesperos

no meu silêncio sou o náufrago que já desistiu de nadar
braços caídos à espera do fim, a boiar na escura profundidade dos oceanos

neste meu silêncio sou a criança que nunca cresceu
e o velho à espera da morte

inabalável e irredutível o meu silêncio não dá tréguas
não sabe de amigos, só de saudades
desconhece a família e faz de mim uma orfã num deserto humano

... só o meu coração lhe resiste e vai pulsando discreto e solidário
... só ele acredita que depois do vazio, o sentido recupera a vida
as pessoas e as coisas recuperam o seu espaço
e eu recupero o Sol e a vontade;

dispo o negro da alma
e mais uma vez cubro a nudez de esperança
dou-me a alegria das pequenas coisas
sacudo a poeira e sigo caminho

sexta-feira, novembro 23

The secret

O meu segredo
Os mistérios são mistérios porque não conseguimos encontrar na ciência, nem no mundo da lógica e da razão explicações que os interpretem!
A boa vontade não chega, nem o facto de cada um se deitar a adivinhar, nem mesmo encontrar na SUA fé resposta para as suas dúvidas!
O meu segredo revela-se único, cada um terá de encontrar a "luz" que o guia, a linguagem que lhe é própria, o caminho que o convence!
Vindo de fora nunca me assentou!
O meu segredo diz-me que não existem intermediários entre mim e aquilo que não tem explicação... esse meu mundo resolvo-o com o canal das emoções, dos afectos!
Quando os mais cépticos me questionam só lhes posso responder:
"A minha fé é um mistério, não preciso de saber mais do que aquilo que sinto!
Bom fim de semana para todos nós

quinta-feira, novembro 22

Já fui e já voltei!
Correu tudo como previsto mas agora tenho o coração apertado...
"É dificil estar longe de quem nos viu nascer", como diz uma música dos Toranja, salvo o engano!
Mesmo quando o afastamento é voluntário, fazendo parte de uma opção de vida, o impacto da distância, alimentada pelos Kms que nos separam, é sempre cinzento e molhado!
Quando tiver recuperado a sensação de ter voltado para casa, eu conto como foi o Coliseu;
até lá fica um vazio por preencher, invertem-se as realidades e é como se tivesse abandonado a minha casa, de encontro ao vazio...

terça-feira, novembro 20

Convites irrecusáveis

Coliseu de Lisboa, cá vou eu

Onde vais?
- Vou à minha terra!

Ao que vais?
- Vou ver se, por de trás desta imensa cortina de 300 Km de chuva, encontro um amigo, no palco... e outros no chão!

Vou trautear letras que adoro, vou-me comover com o Palminha em palco, vou-me entregar à festa!


Pelo caminho rezo para que ele sobreviva ileso ao seu alucinante Voo Noturno!

sexta-feira, novembro 16

Frases Curtas???

O principal motivo pelo qual me afeiçoei à ideia de ter um blogue, foi poder alimentar e dar continuidade ao prazer que sinto quando escrevo!
Sempre me pareceu que tinha ideias, emoções, intenções que só se resolviam e ganhavam uma forma organizada quando traduzidas em palavras! Voltar a elas é sempre revisitar uma amiga, um ombro, uma força!
E assim, muito solta e descomprometida, enfrento o monitor, mãos no teclado, com o mesmo desportivismo com que antes me atirava ao papel e ao lápis.
Muitas vezes é maior a vontade de escrever do que expressar algo, outras passa-se o inverso!
Quando surge a vontade sem conteúdo, surpreendo-me porque desconheço o que lá vem... deixo-me levar, sou arrastada por ideias e emoções vindas em ligação directa do meu mais insondável caroço; habitualmente reconheço a minha força, a minha interioridade, nestes textos muito espontâneos! Até hoje tudo acontecia num formato A4, a foi assim durante anos; as cartas, os desabafos as várias considerações, tudo aparecia tal e qual assim, com princípio, meio e fim, nesta invariável apresentação... acontecia... e pronto!
A prática de escrever com maior assiduidade, introduz variações que me ultrapassam... e divertem
Assim como ontem, hoje, ao cumprir o ritual de abrir o migalhas - o meu recreio, a minha janela aberta para o mundo, o meu silêncio para escutar os outros, os meus amigos virtuais, vizinhos deste mundo ao mesmo tempo íntimo, anónimo, e vasto - dei comigo, dizia eu, a fazer frases mais curtas, com maior carga emocional; palavras que passaram mais longe da minha razão do que nunca... directamente da alma, do coração para o migalhas!
Reconheço que senti algum pudor; perguntei-me se haveria alguma pretensão, ou falta de humildade da minha parte!
Em consciência decidi que não; são palavras como as outras, em formato para mim novo, isso é divertido... depois o migalhas é meu, criei este espaço para aqui gozar de liberdade de expressão... boa e má expressão... minha!
PS também, reconheço, espero, e muito, o encontro e a troca de ideias, aprender a pensar melhor, de outras formas , crescer, crescer... e mimos que é bom e eu gosto!

Filho,... filhos

Filho, és sentir-me fora de mim
o teu andar,
o teu sorriso, alegria
o meu sol
se lágrimas, desgosto
é sentir a tua dor
sofrer
a minha culpa
Ver-te vivo
ver-te viver
é orgulho, gratidão imensa
partilha
sou mãe!
Tenho todas as mães em mim!
quero proteger todos os filhos
de todos quero um sorriso
por todos peço
paz, amor, alegria
pão, pão, pão
semente de mim arrancada pela dor
fruto sábio e saboroso
filho do amor,
aprendi contigo a crescer
cresci por dentro
enquanto tu conquistavas a vida
tesouro, milagre
ver assim um pedaço de mim feito homem
ganhar o andar, a fala, a ideia
encher-se de querer
todos os filhos
todas as mães
abraço, num abraço eterno,
terno, universal
abraço
abraço

quinta-feira, novembro 15

Mãe, ... mãe

Feiticeira de mágicas poções
ninho feito de abraços
aconchego, colo,
mimo
mimo

sereia de encantos mil
desenhas um céu de estrelas
um arco íris de sorrisos feito
um perdão sussurrado
para sempre
para sempre

corro para o teu colo
escondo o meu medo na tua presença
sempre presente
sempre presente

contigo aprendi o amor
contigo aprendi os outros
contigo tive um coito
contigo cresci, voei, parti e voltei
para ti
para ti

persegui-te dentro de mim
procurei-te no meu escuro mergulho
eras tu que eu queri encontrar
o teu exemplo
o teu ser
o teu amar

e encontrei a semente por ti deixada
encontrei vida para lá de mim
encontrei o outro, antes de mim
encontrei a ponta do novelo
desenrolei a compaixão, o amor, a paciência, o silêncio,
o outro,
o outro

fiz crescer, fiz nascer, caminhei sobre os teus passos indeléveis
com cuidado
passo a passo sem ti,
por ti
contigo

terça-feira, novembro 13

E vai mais uma, bem vinda

Estou contente
recebi um convite para tomar café, é mesmo aqui ao lado e sei que vou certamente desfrutar da belíssima companhia da anfitriã;
fui eu quem a iniciou nestes pequenos e saudáveis "vícios"... espero que possa ela encontrar por aqui companhia frutífura e eco para os seus sensíveis pensamentos e maduras palavras!
Por mim fica já aqui, a título de compromisso, registada a intenção: conta com a minha companhia... sómargarida! Já estás linkada!
Neste pequeno canto à beira mar plantado, é sempre um alívio para a solidão poder contar com outras Cabeças Pensantes!
Bem vinda

Quem quer aparecer... às 20:00???

Parece ser essa a intenção...
Os media andam de braço dado na escolha daquilo a que convencionaram chamar, inadequadamente, "notícias";
a mim não me enganam, muito pelo contrário... talvez a crise seja culpada... eles compram aqueles pacotes de notícias, sái mais "em conta", tipo vale tudo, daquelas para usar e deitar fora, vêm organizadas e, parece que faz parte do contrato: NÃO DEVEM ALTERAR A SEQUÊNCIA inicial porque, quando alguém se lembra de mudar de canal, na esperança de ouvir UMA notícia, podia perder o fio à meada. Todos os canais desfiam o rosário, sem pôr, tirar, ou criar, seja o que for, sobre a informação que nos estão a prestar; mercenários a que chamam jornalistas, ali estão sem brio, nem brilho, lendo e desfiando histórinhas deprimentes que só podem interessar a quem não quer mesmo saber o que se passa neste e nos outros mundos!
Assim temos as "fornadas" de informação que nos asseguram, ser metade da população masculina, de Portugal, uma cáfila de pedófilos;
quando começa a cheirar mesmo mal, vem de lá um senhor que tem umas vacinas e uns Tamiflus para vender e que é amigo do outro que é "dono das notícias" e... favor paga favores, aqui vai disto: a nuvem negra da gripe das aves paira sobre as nossas cabeças desorientadas, estacionada ali, ameaçadora, estática.
Mas eis que "alguém" (da concorrência) se lembra do querido Vick Vaporul (não sei se é assim que se escreve), que nos resolve, de modo simples e económico, alguns resfriados, e lá vêm eles lançados, como é mau para o negócio, a atenta e astuta corja, muito nossa amiga e pronta a defender-nos de todo e qualquer mal, faz saber que , aquela inocente pasta que já vem besuntando peitos há várias gerações... imagine-se: é perniciosa e passa a ser desaconselhada, "diz que faz mesmo muito muito mal"!
... e o tempo passa, voam as estações e o Natal está aí...
Agora, talvez a "tragédia" do fim do Verão, ou sei cá , a próximidade do Natal, eis que os portugueses e as portuguesas entraram numa de se atropelarem uns aos outros, à má fila, sem dó nem piedade, em cima das passagens de peões, dos passeios, a 120, em contra mão, mulheres, mães, malta, avós, crianças; como se fosse pouco, atiram-nos as notícias, uns coitaditos duns estudandes na terceira idade, ribanceira abaixo, ao encontro da morte! Assim... iam a cantar... felizes... nem isso os salvou!
Ainda, para compôr o cenário dantesco, há quem se "amande ", como se não quisesse ter amanhã, em choque frontal, assim , sem medos, para cima de algum incauto que rode pacíficamente na faixa logo ali ao lado!
Oh senhores ...tende calma... a morte chega, não empurrem... que cambada de alarves nós saímos, e as notícias sempre a dizer que apesar de tudo somos os heróis das 20.00, em todos os canais, uma e derradeira vez na vida, somos notícia!
Porque no planeta mais nada interessa;
avalie-se o que as audiências querem, sirva-se de bandeja quentinho, regado com um banho de sangue e lágrimas!
Os senhores que mandam agradecem!
PS em não tendo notícias, dessas, das boas, dêm-nos futebol... também serve, e... há sempre quem aproveite para beber umas cervejinhas, o que é bom para o negócio, se"perdermos", pode ser que mande a gaija lá de casa fazer uma visitinha às urgências do Hospital, para não desiludir as estatísticas!
Fiquem bem... e já sabem mais logo às 20:00!

sexta-feira, novembro 9

O Continente

Estou numa ilha
A ilha - sou eu
o mar - a distância que me separa
a mim dos outros;
todos, TODOs
a minha ilha recebe visitas,
todas as que convido;
às outras, as que chegam pela calada
e se fazem às ingremes encostas da minha ilha
sacudo-as de mim como nos sacode o planeta
quando se quer ajustar num aconchego brutal,
numa avalanche de desprezo
atiro-os ao mar que nos separa;
xou, xou daqui para longe
ide abraçar esse continente a que pertencem
a união faz vos a força
lá na imponência da vossa extensão
construí o vosso mundo
adorai as vossas leis
e os vossos deuses
alegrai vos pois sois muitos
por mais que sacoleige o planeta de vós não se livra
não vos escolheu para companhia, não vos convidou para ficarem
mas a festa não pára, o planeta lamenta,
ele não,...
quem por ele lamenta,
Lamenta!
Fica careca, despido, exaurido, sujo e sem música,
que os pássaros não cantam mais
mas a festa continua
o Natal aí à porta a chamar por todos
vinde, vinde
rambóia e caracóis
futebol e cervejinha
gajas e coiso e tal
homens bons, bons homens
negócios chorudos
bólides, champagne
champagne!
...a minha ilha é pobre,
...o sol, o mar, o cheiro a terra molhada
a noite escura, as estações e pouco mais
sem esquecer um canto de pássaro
e o marulhar das ondas
não venhas sem seres convidado
coisa pouca por aqui,
para ti uma desilusão,
para mim um alívio!

terça-feira, novembro 6

... é como ter um coito!

A minha "vizinha" Luna atacou logo por cima... depois do post de apresentação atirou-se à maior dúvida de todos os tempos, e chamou-lhe qualquer coisa como: "afinal que raio é Deus"! Não esperava eu outra coisa, uma pega de caras!


Venho aqui , humildemente, dizer no migalhas que também eu gostava de ter resposta para essa questão, e apesar de ter mais 35 aninhos do que ela ainda tenho todas as dúvidas!


Mesmo assim tenho as minhas respostas caseiras para uso pessoal... sem as evidências lógicas que a luna exemplifica com "um grande pedregulho", um incontornável pedregulho!
Pois eu, desde os meus 12 anos que deixei de ir à missa! Reconheço que a catequese e a "moral cristã" não me fizeram mossa, antes pelo contrário, deram-me algumas bases de solidariedade e saudável compaixão, assim, com essa bagagem e boa consciência, descolei para outras vivências, fiz o meu percurso! Terei ao longo da viagem, muito esporadicamente, pensado no assunto, sem me tirar o sono, sem chegar a conclusão alguma!
Volvidos todos estes anos, para minha completa surpresa, comecei a ser repetidamente invadida por alguns sinais que me obrigaram a desarrumar o sotão, sacudir o pó e as teias dos missais, das bíblias, dos padres e das suas igrejas, de Jesus e de todas as outras religiões, mais todo esse "bafiento"(como o adjectivou a Luna) departamento, na tentativa de recuperar o que lá estivesse com algum sentido para mim!
Esses sinais de que falo, sugeriam-me a existência de uma ordem, uma intenção e uma inteligência que se sobrepunha a tudo, a todos; enquanto duvidei fui insistentemente acordada para essa percepção de variadíssimas formas, algumas absolutamente redutoras de qualquer intenção de negar: evidências... sem volta a dar-lhes!
Durante cerca de 2 ano, fui "perseguida", melhor, acompanhada, por uma estranha cadeia de coincidências, tão gritantes, que acabei por deixar cair argumentos e lógicas e pôr de lado tudo o que estivesse para lá da emoção, do sentimento, da intuição, no que respeita ao mistério! Esse mistério inicial, tão difícil de entender, nada consensual, não gostaria de traduzir o que para mim significa, usando palavras! Muitos foram os crentes, antes de mim, que tentaram fazê-lo, mas o resultado é muitas vezes contrário ao pretendido! A igreja deformou e deturpou a história de Jesus até ao abuso, (deixando atrás de si um rasto de sangue e violência perpetrada em nome de Deus), o homem que nos apontou o caminho, que foi o exemplo mais acabado de até onde pode chegar a generosidade, e o amor pelos semelhantes! Essa é uma verdade de que não duvido... nunca: o amor é o caminho, não existe outro modo válido de espalhar a igualdade e a justiça.
Na actual arrumação que fiz, Deus está dentro de mim e em todo o lado; ele é a matéria prima que antecede todas as formas, é a centelha de luz que ANIMA (dá alma), aos seres, que os torna UNOS; através desse sentimento de união chega-me o amor por TUDO.
Entre o meu "dentro" e o meu "fora" a fronteira é uma abstracção, uma questão de embalagem, de formas; para lá do nascimento, para lá da morte existe outra forma que não sei, nem preciso de saber como é... tudo se transforma mas a matéria prima estará sempre lá!
Uma tão perfeita harmonia de cores e formas, sempre em movimento, é demasiado intencional para ser fruto ACASO... para mim não serve! Toda a Criação tem um criador, mesmo que não o conheça eu sei que isto é uma regra incontornável!
O planeta, o universo, com todos os seres no seu equilíbrio e desequilíbrio, fazem-me sentir que estou bem, cumprindo uma qualquer missão, que não sei qual é, nem tenho a pretensão de saber; apanhei o fio à meada... aquilo que precisava de saber, basicamente, é o que acabei de aqui escrever: através do sentimento de união e do amor estamos no paraíso; somos um todo em movimento e evolução, enquanto alguns vão tendo comportamentos humanos outros (muitos, imensos, demais) ainda pouco se afastaram da BESTA, mas estamos a trabalhar em conjunto, é karma, enquanto houver tanta besta, a humanidade não se liberta, uns sofrem e os outros por os ver sofrer sofrem também.
Por todas as penas que eu possa aliviar dou um passo no bom caminho!
A cada passo que um humano dá no bom caminho arrasta a humanidade consigo, e o contrário também se verifica, para o bem e para o mal!
Tenho por isso uma missão, temos todos, ainda que não exista disso uma consciência colectiva!
Penso que já em tempos escrevi neste blogue umas palvras de Pessoa que diziam mais ou menos isto: "O mistério não é compreensível senão à emoção", era mais ou menos isto, espero ter compreendido bem o sentido... o certo é que eram palavras que apontavam para a ausência de explicações lógicas e argumentos fundamentados porque ninguém os tem... a fé é uma convicção emocional, que não passa pelas palavras, e que, uns têm, e se sentem priveligiados com isso (o meu caso), outros não, e vivem assim também muito bem sem lhe sentir a falta!
Não me parece é que seja uma coisa que se procure, a não ser que essa procura seja dentro de nós ou na Criação propriamente dita; as instituições religiosas gastaram a fé de tanto a reduzirem a palavras.
É através de actos de despojamento, partilha e solidariedade que fico mais perto de Deus, é esse impulso de querer secar as lágrimas, consolar e mimar, mostrar o lado mais sorridente dos dias, que encontro a unidade e o sentido missionário da minha vida!
Estas são as minhas palavras, em actos serei mais incompleta, mais imperfeita e impotente!
Reconheço o Bem e o Mal, aqui no planeta azul; para lá desta realidade tudo desconheço, mas sinto-me confiante, apesar de tanta ignorância, tantas perguntas sem resposta... porque sou daqueles humanos que acreditam numa ordem divina e sinto algum conforto... acredito que estou nas mãos de DEUS seja ele lá quem for ou seja ele lá o que for!!!
Faço silêncio... calo a voz da razão... existo e tudo ganha sentido e côr!
PS Luna, já me levaste ao maior post da minha vidinha de boguista... ou blogueuse???

segunda-feira, novembro 5

Bolor

Foi o que encontrei, bolor, por isso fui ali e trouxe bolinhas, não sei se gosto, mas isso também não interessa nada!!

DOIDA POR MATEMÁTICA

Empurrei, insisti e convenci... uma pequena grande amiga, um ser humano em formação, que nem bate muito certo, coitadita, imagine-se, que adora números, operações, matemática, em geral; que não sorri por favor; que reconhece, em muitos aspectos, a sua superioridade e por isso é altiva, alguns diriam arrogante; que tem que se render à solidão de estar rodeada de adolescentes saudáveis, perdidos por namorar e sair à noite, conversas banais, namorar, trapinhos e penteados à moda, namorar, e festas e saídas cada vez mais noturnas, e ainda namorar!
E ela, nem mais, à falta de melhor, fica em casa, faz exercícios cada vez mais complexos de matemática e... como se não bastasse, diverte-se...
Agora criou um blogue e , se para aí lhe der, duma coisa posso estar certa: PROMETE!!!

Declaração

Gosto de comentários

Os comentários são SEMPRE bons... super, hiper ou mega bons!!! Ainda quando despretenciosos, simples ou banais, pomposos, gélidos ou irónicos os comentários continuam bons!
E cumprem sempre duas funções da Língua: expressar e comunicar!
Quando "lanço" um texto no meu sítio, no meu livro aberto, o meu migalhas, adoro voltar, mais tarde, e ter aqui assinalada a passagem dum leitor, um curioso, um solitário há procura de alimento, distração, seja o que for... são estes os momentos em que confirmamos:
- Afinal isto não é um deserto! Afinal não estamos sós no planeta; existe esta teia imensa de suporte espiritual, intelectual, lúdico ou o que lhe queiramos chamar, que sustém uma existência por vezes inóspita e solitária!
Sou do signo Piscies... por vezes"dói-me a cabeça, e o Universo"; transporto em todas as minhas células uma esmagadora e paralizante sensação de solidão, daquela que nos ocupa as entranhas, até ao tutano!
Tem dias...

Solidão

Perguntei-lhe o que era para ele, numa só frase, a Língua!
Ele esbarrou... que não, que língua é coisa física, orgão, instrumento de fala; fala! Que linguagem sim, era mais do que isso!
- Para mim é Língua! É físico, sim; é orgão; é instrumento de fala; é fala... mas não só... e não só...
É um departamento, um baú virtual onde guardo todas, TODAS, as ferramentas que uso para comunicar e expressar (para mim coisas diferentes, já para ele a mesma coisa)!
Aí, na Língua, guardo as letras, as palavras e as frases ditas e pensadas; os pensamentos voadores, a poesia, as palavras cantadas, o vocabulário colorido expressões cinzentas, ideias transparentes, cálculos obscuros, raciocínios complexos, (as blasfémias e os palavrões não preciso de os ter aí guardados, pois chegam-me assim, vindos do nada, quando me visto de raiva ou indignação)! Tudo isto guardo neste tesouro imenso, esta herança que gerações antes de mim acumulou, e que me ajuda a responder aos desejos, atingir objectivos, comunicar, e expressar... só porque sim, e porque também e porque talvez e porque não... porque não, porque não? PORQUE NÃO???
Porque me apeteceu disse-lhe ainda que expressar pode servir para organizar, entender, traduzir, uma emoção, um sentimento, sem passar pela comunicação;
comuniquei com ele aquilo que me apeteceu... como já lá não estava nem me respondeu!

sexta-feira, novembro 2

BOM FIM DE SEMANA

Bom, nomeadamente ...fim, alegadamente... de, objectivamente... semana, definitivamente...
Definitivamente cada vez me dá mais coceira estética e moral a classe política!
Estética porque tentam ser todos iguais, talvez lhes dê jeito essa confusão que aquele aspecto cinzento nos cria... saiem todos impunes, das alarvices e abusos que cometem, são todos soldadinhos do mesmo exército e ficamos sem ter a certeza de qual é a maior besta de entre eles, enquanto se vão alambazando com os chorudos vencimentos que lhes pagamos!
Moral porque por ali não mora moralidade... e como se não bastasse comem tudo... e todos... por parvos! Não há moralidade e comem todos... quando o que me ensinaram em tempos, era: " Ou há moralidade, ou comem todos!"
Só volto a reabilitar o apreço, que nunca tive, pelos políticos quando a sua missão for de VOLUNTARIADO!
Sim sim,... só quando o amor à camisola falar mais alto, quando houver vislumbres de altruismo, quando o bem estar comum estiver acima de interesses mesquinhos e oportunistas, quando a consciência do exemplo que se é para os outros for plena, só quando isto e muito mais se sobrepuser a valores materialistas que fedem à distância... só então... só aí... eu volto a acreditar naquilo que nunca acreditei até hoje: na política, nos que a fazem e que dela mamam, à custa dela se promovem, se iludem... cegos duma verdade que já todos apregoam há muito:
O REI VAI NU
O REI VAI NU
O REI VAI NU

terça-feira, outubro 30

...

As mulheres têm uma necessidade imensa de entender o mundo das emoções, elas querem pressentir o que está para além das palavras, elas querem confortar e aliviar antes do lamento, suster num abraço a queda livre, curar as feridas de quem chega de um combate, acalmar o desassossego, secar as lágrimas, remendar o ego, aliviar as penas, consolar no desconforto, amparar no desamparo; ser enfermeiras, psicólogas, anjos da guarda, damas de companhia, professoras, cozinheiras, sacos de descarregar insucessos, colo, colo, mimo, e mais colo!!!
Tendo que passar, e com muito gosto, por todas estas "prestações", sendo o alvo de todas estas provas, e tanto mais, é inevitável que passemos horas e horas infindas a pôr-nos no "lugar do outro"... o desejo de lhe adivinhar os anseios e defender dos sustos leva-nos à tentativa de lhe adivinhar os pensamentos e antecipar os apoios!
Chegamos a alimentar a ilusão de saber o que os homens pensam... disto ou daquilo!
Mas decididamente representamos papeis bem diferentes, os nossos percursos proporcionam-nos competências em campos que nem sempre cruzam dados!
Aparentemente nós complicamos, eles descomplicam!
Eles mais vens ou ficas, sim ou sopas, sim ou não, tudo muito preto no branco... já a paleta de humores e opções que uma mulher tem que enfrentar, sobretudo como mãe, empresta à paisagem muito mais nuances, numa complexidade de transparências e tonalidades de nunca acabar, por de trás das mais belas cores pode estar uma tempestade e um arco-íris pode ser o ponto final duma borrasca!
Embora tenha convivido sempre com irmãos e frequentado colégios mistos, continuo a surpreender-me com o mundo simples e eficaz (às vezes) dos homens!
A homosexualidade masculina entendo-a por este lado... as mulheres são complexas, complicadas e muito muito dificeis de satisfazer!!!
Por outro lado uma mulher satisfeita, inteligente e alegre é um tesouro capaz do toque de Midas, das sopas de pedra e das omeleteas sem ovos, uma heroína que enfrenta a vida com tudo no sítio, mulher dos sete instrumentos, feiticeira sem limites transformando as derrotas em resistência, o desamor em paciência, uma hora no tempo imenso de satisfazer aqueles que ama!
Vivas às mulheres e também aos homens que "são tão fofinhos"!

quinta-feira, outubro 25

Uma frase, bela

A semana não foi produtiva na vontade de dizer... andei mais a espreitar por aqui e por ali... o tempo disponível também não tem sido muito... e os outros blogues absorvem-me e satisfazem-me esta vontade de contraditório.
Usurpo uma frase que hoje li no Público, extraída de um poema de Inês Pedrosa, com um sugestivo nome : "Sexo Oral", e que me deixou com água na boca:
"-Primeiro a tua língua molha o meu coração, num vagar de fera."
Como preliminar parece-me muito sugestivo! E belo!

sexta-feira, outubro 19

De um Mail que recebi, fantástico

DIÁRIO D' ELA
Ele ficou esquisito a partir de sábado à noite. Tínhamos combinado encontrarmo-nos num bar para beber um copo antes de jantar.
Andei às compras a tarde toda com as amigas e pensei que o seu comportamento se devesse ao meu atraso de vinte minutos. Mas não. Nem sequer fez qualquer comentário, como lhe é habitual.
A conversa e o sítio não estavam muito animados, por isso propus irmos a um lugar mais íntimo para podermos conversar mais tranquilamente.
Fomos a um restaurante caro e elegante. A comida estava excelente e o vinho era de reserva. Quando veio a conta, ele nem refilou e continuava a portar-se de forma bastante estranha. Como se estivesse ausente.
Tentei rodar os assuntos para fazer com que se animasse mas em vão.
Comecei a pensar se seria culpa minha ou outra coisa qualquer.
Quando lhe perguntei, disse apenas que não tinha nada a ver comigo.
Mas não me deixou convencida.
No caminho para casa, já no carro, disse-lhe que o amava. Ele limitou-se a passar o braço por cima dos meus ombros, de forma paternal e sem me contestar. Não sei como explicar a sua atitude, porque não disse que me queria como faz habitualmente. Simplesmente não disse nada.
Começo a ficar cada vez mais preocupada. Chegámos por fim a casa e, nesse preciso momento, pensei que ele me queria deixar. Tentei fazer com que falasse sobre o assunto mas ele ligou a televisão e ficou a olhá-la com um ar distante, como que a fazer-me ver que tudo tinha terminado entre nós. O silêncio cortado pelo filme era sufocante. Por fim, desisti e disse-lhe que ia para a cama.
Mais ou menos dez minutos depois, ele entra no quarto e deita-se a meu lado.
Para enorme surpresa minha, correspondeu aos meus beijos e carícias e acabámos por fazer amor. Não foi tão intenso como normal mas ele pareceu gostar. Apesar de continuar com aquele ar distraído que tanto me aflige.
Depois, ainda deitada na cama, resolvi que queria enfrentar a situação e falar com ele o quanto antes. Mas ele já tinha adormecido. Comecei a chorar e continuei a fazê-lo pela noite dentro, até adormecer quase de manhã.
Estou desesperada, já não sei o que fazer. Estou praticamente convencida que os seus pensamentos estão com outra. A minha vida é um autêntico desastre!


DIÁRIO D'ELE

O Benfica perdeu. Pelo menos dei uma queca...

terça-feira, outubro 16

Petição planetária

... há sempre quem, além de ter boas ideias, ainda tenha a coerência de as pôr na prática!
Eu nem por isso... é mais aquela... a ideia parece boa, mas não será para mim!!!
E a ideia era, então, uma petição, a nível planetário, no sentido de sensibilizar o Sr. Al Gore para a missão que lhe parece estar destinada: acabar com a bandalhice presidencial que é a do alarve, patético e ignorante Bush e a sua pandilha, e repôr um pouquinho de dignidade nas decisões tomadas num país que, apesar de tudo, é um dos grandes motores no rumo que leva este nosso desgovernado planeta!
Penso que, apesar dos pesares, ele poderia protagonizar uma viragem consistente e irreversível, fazer estragos, marcar de forma indelével os loobies intocáveis!
Quando todas as apostas são feitas numa só e mesma besta, não existe possibilidade de outras mostrarem o que valem!
Este Nobel conta com isso e, penso eu, é um investimento na mudança!
Haja disso um bom aproveitamento... o planeta agradece!

um político é sempre um político

Apesar do título confesso que me entusiasmei com a atribuição do Nobel da Paz a Al Gore!

Deixo-lhe aqui no meu blogue o seguinte apelo:


" Sr. Al Gore:

- Um cidadão do mundo não pode, em boa consciência, virar as costas a esta missão que lhe queremos confiar!
-Mostre-nos que está verdadeiramente comprometido com as verdades que "apregoa"
- prove-nos que o caminho é real e não de cenário
- ajude o planeta com a urgência que diz ser necessária
- salve-se e salve-nos da má memória que os nossos comportamentos insustentáveis vão deixar a quem vier depois... se houver quem... se houver depois!
-Enfrente o sistema, não deixe de ser aquilo que é: um político! Mas equilibre, por pouco que seja, a balança da justiça e do bom senso, que o resto virá por acréscimo!
P.S. use parte da fortuna acumulada para se munir de um exército eficiente de guarda-costas, desconfio que vai precisar!
Assinado - Uma cidadã com esperança, que agradece a esperança... e a porta que se entre abriu que este prémio Nobel da Paz, tão justificadamente político!

sexta-feira, outubro 12

Os "rodriguinhos" da demagogia

Se há jogo que me enjoa, coisa física feita de rejeição, nojo e desprezo, é o uso e abuso que se faz, principalmente nos meandros do poder, da demagogia!
É vê-los a escolher as palavras que escondem a verdade, os olhinhos a perscrutarem (tive que confirmar como se escreve este palavrão) o efeito conseguido, a rendição às evidências, que, com o maior despudor, usam como argumentos absolutos, sem apelo nem agravo!
O ameaço nas entrelinhas de que sim, ok, és livre, não te obrigo a vir por aqui, mas, e há sempre o mas, MAS, não digas depois que a culpa é minha! Segue-me sempre, vem comigo, se duvidares ou hesitares não ficas para o fim da festa, não me dás o teu apoio, como os outros e aí, aí, se eu não chegar com esta verdade onde prometi... a culpa é tua; mostrei-te tudo, tentei que nem pensasses, não há outro caminho, não há outra verdade, prometo, e fica já prometido que não me esquecerei de cumprir esta promessa... as outras? Fiz tudo o que pude se ficou aquém deve haver para aí um culpado!!! Vou abrir um inquérito, instaurar um processo, encontrar toda a verdade para vos servir!... e na televisão o que é que está a dar? Viste o jogo??? Mais tarde não te esqueças, a bola, sim, diz que... e que... - Ok, ok, vai lá e deixa trabalhar quem tem responsabilidades, quem te vai arrancar das garras dessa escumalha que tudo faz para te trazer adormecido, hipnotizado, desinformado, alienado, embrutecido, sem dignidade, sem força, sem sentido crítico, com a cabeça cheia de Floribelas, e bola, muita, boa, e bela bola!

quinta-feira, outubro 11

FIDELIDADE/ LEALDADE

Um comentário é um comentário!
Antes de ir "à da Marta", como se usa dizer por aqui, vou aliviar as palavras, as ideias... senão chego lá e alargo-me mais do que gostaria!
Ainda sobre fidelidade e lealdade, ou melhor, infidelidade e deslealdade:
penso que a infidelidade é um conceito imposto socialmente e que para mim significa ter uma relação monogâmica, assumida dessa forma bilateralmente, e excepcionalmente uma das partes cede ao desejo de uma aventura sexual fora da relação, pontual ou não, só com o tempo se pode dizer. Isto é humano, óbvio; será uma forma de nos sentirmos livres, em movimento, enfim os motivos podem ser de muita ordem, mas penso que o desejo irresistível está por lá, senão não vale! Resumindo: a infidelidade acontece, ponto!
A lealdade já me parece que não mora no corpo, como a infidelidade... é uma questão de carácter, de educação, de moral, de princípio! Quando se tem essa postura, este comportamento franco e leal reflecte-se em toda a nossa vida social; quem assim se comporta sabe ser esse o preço da liberdade!
Os actos que cometemos, as atitudes que assumimos, tudo enfim o que é o nosso percurso, só a nós compete decidir se vamos ou não por aqui ou por ali, essa é a nossa verdade, a liberdade que nos assiste por sermos adultos, por sermos racionais e supostamente inteligentes, em diferentes medidas, e em movimento evolutivo.
Não deveriamos sentir ser a mentira o caminho ou a solução, quando as nossas opções não se encaixam em pressupostos assumidos, com a melhor das intenções, mas que nem sempre se conseguem manter.
Na minha vida sei lidar melhor com um desvio, um erro ou uma tentação do que com uma mentira; a mentira rouba-nos a liberdade de sermos quem somos, a vontade de nos compreendermos e ajustarmos comportamentos... é uma espécie de saída à adolescente que não aponta para nenhuma sublimação, não dá ao outro, quando o que se esconde é uma"escapadela", a dignidade de encarar o facto e lidar com ele.
Na minha ingenuidade e sede de me assumir inteira, com tudo de bom e de mau que transporto dentro de mim, e se reflecte nos meus afectos, nem saberia onde esconder uma verdade tão incómoda!
Não resisti à tentação, cedi... não quero transformar essa experiência que se instala dentro de mim em culpa... nem tão pouco fazer de conta que nada se passou!
Não sei viver sem a liberdade de ser quem sou; quero levar a minha vida de rédea na mão, decidindo quando a rédea vai curta ou solta, podendo escolher os meus limites.
Não sei olhar os olhos de quem quero que me veja inteira e impôr limites à transparência, ao mergulho do outro, e no outro. Ter de esconder com o olhar é construir uma fronteira invisível de um território que passa a ser só nosso, não porque todos sabemos que existem recantos só nossos, mas por termos a defender um acto, a que nem pretendemos dar grande valor, mas que afinal nos atira, irremediavelmente, para um mundo que teremos de defender, daí em diante, sabendo que a arma que usaremos será só uma: a mentira, o embuste!
Já usei o meu blogue para comentar o da Marta, agora vou expreitá-la, sabendo que mesmo que comente já não abuso!

quinta-feira, outubro 4

sêlo branco

Ai rapaziada, dói-me tudo... venho de um esforço absolutamente esgotante! Passei a semana a preparar uma candidatura para um concurso... fiquei exangue, com os olhos em bico, as costas num oito, e a vontade no disparate... apetece-me dizer blasfémias, fechar os olhos, fazer-me de morta, tipo se for para mim não estou, se perguntarem já saí... a burocracia queima as ideias, as papeladas matam-me a prosa!
Bendito fim de semana GRANDE... pode ser que recupere!!!

segunda-feira, outubro 1

Final Feliz

... e não é que acabou BEM!!!
Sábado... trabalham ao sábado ??.. ligou-me uma simpática voz, transmitia eficiência dinamismo e segurança... explicou-me então que a nabice não tinha sido minha mas deles, mais um pequenito problema informático que, para meu alívio, já estava solucionado! Nem sei porquê... acreditei que sim... na minha distração só hoje me cheguei ao computador para nova tentativa!
Assim, no limite, amanhã será o último dia, tenho o meu cartão Matriz activado!
...agora não sei o que fazer com ele mas que está activado está!

Há vozes que nem a morte consegue silenciar

Precisa-se de matéria-prima para construir um PaísEduardo Prado Coelho - in PúblicoA crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve. E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates. O problema está em nós.Nós como povo.Nós como matéria-prima de um país.Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escola dos filhos ... e para eles mesmos.Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiramcomprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se defrauda a declaração de IRS para não pagar ou pagar menos impostos.Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos.Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros. Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é"muito chato ter que ler") e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.Onde nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média ebeneficiar a alguns.Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podemser "compradas", sem se fazer qualquer exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que estásentada finge que dorme para não dar-lhe o lugar.Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão. Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor mesinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim,o que me ajudou a pagar algumas dívidas. Não. Não. Não. Já basta.Como "matéria prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que nosso país precisa. Esses defeitos,essa "CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA" congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do queSantana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não em outra parte...Fico triste. Porque, ainda que Sócrates fosse embora hoje mesmo, o próximoque o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguémnão sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, e nem serve Sócrates, nem servirá o que vier. Qual é aalternativa?Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou decima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremosigualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados! É muito bom ser português. Mas quando essa portugalidade autóctone começa aser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.Nós temos que mudar. Um novo governante com os mesmos portugueses nadapoderá fazer. Está muito claro... Somos nós que temos que mudar. Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a nos acontecer: desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e francamentetolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seucomportamento e que não se faça de mouco, de desentendido. Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO. AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO EM OUTRO LADO.E você, o que pensa?.... MEDITE!EDUARDO PRADO COELHO

sexta-feira, setembro 28

A saga continua

... já se me aliviou a "inrritação", já nem estou disposta a perder muito tempo com este tema...
tenho então agora um rapaz de voz anasalada, que responde pelo nome de Sérgio, depois de muitas explicações e conversas, esperas e desesperos, concluiu que aquilo também o excedia... no seu entender, o cartão está com defeito, parece que outros clientes estão com as mesmas dificuldades... aí deu-se um milagre... o Rapaz, agora que era óbvio que não se tratava de uma cliente totalmente lerda(só em parte lerda),e ainda por cima à beira de ficar sem crédito no telemóvel, num golpe todo ele de atenção e solicitude pediu-me um contacto telefónico para me puderem contactar assim que o problema se resolva. Inédito, comovente, reconfortante!
Ainda que tenha dúvidas sobre a existência do tal contacto, confesso que me sabe bem esta sensação de que há por aí, nesse inacessível e impenetrável labirinto que é a CGD, um tal de SÉRGIO que está a tomar conta do meu caso!
Até lá vou pretender que resolvi o assunto naquilo que de mim dependia... agora é com o Sérgio!

quinta-feira, setembro 27

O Cartão Matriz - um desabafo

O nome do cartão nem é mau mas eu devia ter imediatamente desconfiado que a Caixa Geral de Depósitos não aguentaria a pedalada, tanta descomplicação, sei lá eu! Cartão Matriz, Matrix, não sei mas há algo de ficção neste objectivo!
Sou novata nestas andanças mas pareceu-me que estava na hora de consultar as minhas parcas finanças online. Avancei segura de que a inteligência não era para ali chamada e eu estaria à altura do "desafio"!
Enganei-me!
Depois de longos quartos de hora a tentar entender a simplicidade do "processo"comecei a suar e a reconhecer que teria que dispender mais tempo e empenho do que aquele que levianamente tinha, à partida, pressuposto.
O programa insistia em informar-me que eu não possuía nenhum cartão matriz para activar, ainda que eu tivesse na mão aquele que, depois de solicitado online três dias antes, tão prontamente me havia chegado pelo correio.
Decidi-me pela CaixaDirecta Telefone, já que a CaixaDirecta online não me estava a facilitar a vida.
Aí foi labirintico... de tal maneira que depois de 4 telefonemas e 10 euros gastos eu já não sabia dizer por onde tinha andado... falei com três operadores, fui obrigada a difíceis exercícios de perícia e concentração tipo:- Digite o terceiro número do seu cartão de contribuinte, digite o sexto número do seu cartão de contribuinte (isto assim, vindo do nada, sem aviso nem preparação);
no intervalo da espera entre cada passo fui obrigada a ouvir toda a caderneta de ofertas da cgd, com música de fundo;
cada operador com quem falei se apresentava formatado como se não se tratasse de um directo mas sim de uma gravação, muito mecânicos, sempre a tentarem desviar-se atirando-me, sem dó nem piedade, o caminho impessoal da conversa que já tinha tentado ter antes com o teclado do meu telemóvel, sem resultado.
Saga a continuar e a rever, mais tarde, talvez amanhã

segunda-feira, setembro 24

Dominante e Dominada???

Existe, em muita gente, a ideia de que as mulheres gostam de homens autoritários e dominadores!
Fico aqui a conversar com os meus botões e a tentar avaliar em que medida é que isso tem algum fundamento!
Assim, numa primeira abordagem, penso que se calhar confundimos firmeza e carácter com autoritarismo e prepotência! Aquela caricatura do macho que arrasta a SUA fêmea pelos cabelos para dentro da gruta fica mesmo melhor nos Filinstones... não acho que uma mulher saudável e equilibrada possa sentir que esse tipo de homem vem de encontro aos seus sonhos!
Já aquele homem que está ao nosso lado, capaz de tomar as rédeas do corcel, inspirando-nos confiança pela forma segura com que encara as turbulências do destino, um ombro forte, não de biceps, mas de equilíbrio e confiança em si, sem se abalar demasiado com os nossos abalos, aceitando o nosso obscuro e insondável mundo secreto sem por isso se sentir ciumento ou posto em causa... enfim pode ser que este homem seja o fruto de uma relação de confiança e lealdade, entre duas pessoas, mas será este o companheiro dos meus ideais!
Talvez esses jogos de dominante e dominado sofram alternância até se atingir um saudável e maduro equilíbrio... se à partida não julgarmos que o nosso papel, numa relação a dois, é estático e imutável ao longo dos tempos (e ao sabor das relações), consoante a experiência acumulada e BEM digerida, então não vamos entender os sinais de mudança, e não teremos a inteligência e criatividade para o fazer! Se pelo contrário soubermos aproveitar, generosamente, as vivências anteriores para nos tornarmos mais capazes para o AMOR, porque afinal é só disso que se trata, então atingimos o estado em que o ideal é ombro no ombro a apoiar, cedendo o palco e o protagonismo, sem pruridos, pois naquilo em que o outro está mais à vontade é ele que deve ter a mão, quando formos nós ao leme não nos sintamos superiores porque isso de superioridade não dá felicidade, não faz amigos, nem dá amor, é um beco sem saída!

quinta-feira, setembro 20

Guiducha

Guida filha onde andas tu?
Tás na espreita e nada comentas???
Ou ainda não te apercebeste do meu fulgoroso regresso!!
Pá, já postei uma BECA de coisas nices e tu népia minha, vê lá isso!
tásse bem!

Adolescentes

Antes de enviar para a lixeira este mail que escrevi, há meses, a uma mãe amiga, resolvi lê-lo e gostei... gosto de me reler, nunca me lembro das palavras que escolhi e fico sempre agradavelmente surpreendida, modéstia à parte.
Aquela a quem estas palavras foram dirigidas há-de entender que as atire a outras mães de outros Afonsos, Franciscos e Franciscas, Joanas e tantos outros que na sua sede de crescer nos vão tirando o sono.
Paciência, é a palavra chave, com um pouco de bom senso, e inteligência associados, mais o tempo a passar, tudo se resolve!!!
E depois são só 8 ou dez anitos, passam a correr... estou no gozo...
Manter um balanço positivo, sentido crítico, tentar estratégias novas, dar luta, não pensar que hoje vai ser igual a ontem, pois podemos sempre tentar que seja melhor, pelo menos a nossa atitude! A Francisca e o Afonso já nada esperam de nós... nesta fase querem distância, querem avaliar ( pela negativa) as nossas verdades, tudo o que lhes transmitimos vai ser ridicularizado, avaliado à lupa, eles precisam(exigem) que nos distanciemos deles para que o possam fazer sem confrontos constantes. Para poderem estruturar as suas próprias convicções, no sentido de encontrarem o caminho que mais lhes convém vão mesmo ter de fazer alguns disparates (lembras-te, também por lá andámos); vão bater o pé e dizer que não querem ser como nós, vão afirmar que os tempos são outros, alegar que estamos desfasados da realidade, e eles até sabem MUITO BEM tudo o que devem saber sobre a vida! Pois... agora deixamos de ser os seus educadores, os seus acompanhantes... ficamos na expectativa de ver o resultado da educação que lhes demos, enquanto isso foi possível. Agora é a vida, são os amigos, o mundo lá fora, não é fácil para eles sacudirem-nos para longe mas é uma necessidade a que não podem fugir. Faz parte do seu crescimento e vai correr tudo bem... acredita, daqui a 10 anos ela cai-te nos braços com cartas de amor e agradecimentos sentidos por tudo o que lhe deste, todo o amor, toda a paciência toda a terna atenção para ti que foste a melhor mãe do mundo. Aí consolas-te e agradeces esse momento que parecia nunca chegar. Até lá mostra-te disponível, quando ela queira, atenta se ela precisa, e respeita, quando puderes, os limites que ela te exige, pois não temos outro remédio. Eu até consigo ver a graça de tudo isto: tantas certezas e convicções, tantos medos e complexos, tanta euforia, tanto precipício, tanto voo, tanta queda; é uma fase fantástica da vida e a última coisa que desejamos é que nos vejam como inimigas... não como amigas, tudo bem, isso seria pedir demais, mas pelo menos um sorriso, uma brincadeira, um gesto terno. A vida agora toma conta deles.
PS deixei o Afonso ir ao Sudoeste, 5 noites fora de casa, eu com o coração nas mãos mas encarando estas experiências como necessárias saudáveis e incontornáveis. Se era o seu maior desejo para quê esperar mais um ano? Assumi esta decisão sózinha, fi-lo meu cúmplice, disse-lhe que o resultado tinha de ser o melhor, e pronto ontem , para meu alívio regressou a casa "uma beca estoirado mas feliz". Para mim foi como se ele tivesse mais tarde ou mais cedo de levar esta "vacina". Já está, correu bem e eu ontem dormi tranquila, até à proxima, que há-de ser antes de eu me ter preparado; é sempre assim com os adolescentes, nunca estamos preparados, parece-nos sempre cedo... para eles tudo lhes é urgente, tudo vem tarde, sentem-se presos ...... e nós, cá em baixo, ficamos estarrecidos, de coração palpitante nas mãos, a vê-los, de asas abertas, nos seus primeiros voos, ainda tão atabalhoados mas tão corajosos, tão aventureiros, tão saudavelmente cheios de fé: na vida, nos outros, neles próprios... dão gosto, respeito e ternura estes nossos rebeldes adolescentes!

terça-feira, setembro 18

Naftalina

Acabo de fazer mais uma descoberta: a minha escolha de blogues para visitar está dinossaurica; exceptuando a Marta( e pouco mais, o Sam que faz uns raids rapidíssimos, por ex.) que trata o seu Blogue como uma profissional de se lhe tirar o chapéu, servindo aos seus visitantes o que de melhor de possa imaginar, os outros blogues por mim escolhidos estão, a cair num coma bloguico de onde não prevejo bom desenlace.
Até isso vou ter de repensar... mas com calma!

Julho - uma / Agosto - zero

Eia, eia... ena pá... só agora caí em mim...
Andei mesmo por fora e só agora que aterrei é que me dou conta da dimensão da ausência...
nem sei como ainda há quem aqui venha espreitar; em Julho escrevi unzinho post em Agosto ... um deserto, nadica de nada!!! Passou mesmo assim tanto tempo????
Estou pasma, afinal sou mesmo daquelas de quem se fala, essas que viram as costas com leveza e descontração natural, arrancam e não olham para trás, como se não tivessem laços nem compromissos, como se não houversse amanhã! Das que quebram a rotina sem apelo nem agravo, doa a quem doer, porque afinal elas sabem que não dói a ninguém e quando há braços há abraços e sempre alguém com eles estendidos, para nos receber e dar as boas vindas!

segunda-feira, setembro 17

A relativa beleza da vida

A beleza das coisas depende dos olhos e da motivação com que as coisas são olhadas!
Por isso eu falo do meu mundo, que não será belo para todos, com o enlevo de quem vê um filho crescer!
Depois de ter lançado outras sementes e erguido outras paredes vi tudo ruir, fui obrigada a abandonar a embarcação e lancei-me ao mar já sem folego, acreditando que sobrevivia mas sentindo as forças abandonar-me a cada braçada.
A vida tem destas surpresas: mal podia acreditar que existia, bem perto, um ninho seguro onde pude secar as lágrimas e reaprender a voar, a acreditar!
Como se não bastasse, nesse "quartinho" de terra, encontrei um grande amor naquele que era já um bom e velho amigo. Daqueles cliques em que custa a acreditar; amizade e confiança que se fazem amor e desejo num passo de magia, dum momento para o outro! Não é fácil encarar... depois de passado o susto inicial dá para encontrar, em memórias antigas e sinais subtis, os laços que nos entrelaçaram nesta amizade e, mais tarde, nos envolveram e uniram secreta e profundamente um ao outro. Para mim foi uma surpresa, mas não para ele... estava à espera duma oportunidade, mas sem muita fé!
Aconteceu, já lá vão 8 ou 9 anos e estou feliz por isso!
Isto tudo para dizer o quê?
O Monte, a Ilha do Farol , o meu trabalho numa biblioteca, seja o que for de que eu fale ...têm de dar o desconto... eu gosto de ver beleza e por isso faço por ser cega para o que me não descansa os olhos... o Monte é bonito, sim senhor; para mim é um pedacinho de paraíso sobre a terra, o meu paraíso! O Farol é uma boa praia... para mim é a melhor! O emprego não paga nem o mais básico dos consumos. Usufruo destes prazeres ignorando a falta de conforto que lhe está associada; o Monte sempre em obras, a ilha sem luz nem água de rede, a instabilidade profissional, enfim... a verdade é que estas são para mim pequenas contrariedades que não me impedem de estar feliz com os privilégios que o mundo me oferece.
Que não se pense numa Inês com tudo o que é bom... acreditem, eu recuso-me a ver o feio e o mau à minha volta!
É tudo tão relativo... uma questão de ponto de vista... gosto de citar a frase do amigo Jorge: "Reduz as necessidades se queres passar bem", é nisto que acredito, é o que tenho feito, dou-me bem com a receita e recomendo!

sexta-feira, setembro 14

"NÃO SE GOVERNAM NEM SE DEIXAM GOVERNAR"

Podia dizer tanto mal dos portugueses que "não se governam nem se deixam governar", do estado do país, da policia judiciária ou do Scolari;
procurar culpados e inocentes neste carrocel, apontar carrascos enaltecer vítimas, chocar-me com tanta bestialidade à minha volta, desesperar-me com a circunstancialidade dos juízos, afligir-me pelos inocentes, explodir de revolta, chorar de desespero...
deixar sangrar até ao silêncio este meu coração que não deixa de se comover com tanta injustiça, tanta desigualdade; podia já sossegar este meu corpo que se debate numa aflição de tamanha impotência...
Mas animem-se os que por aqui passarem; vim só para vos desejar, do mais fundo de mim, um bom fim de semana, alimentando o desejo de que, apesar dos pesares, consigamos a paz e a felicidade que merecermos!

sábado, setembro 8

Li algures, neste mundo mais do que virtual, que nas férias muitos bloguistas se comportavam na sua relação com os blogs que criaram de igual modo aos donos dos cães que partem soltos e despreocupados para férias deixando para trás os seus animais de estimação!
Foi exactamente essa descontraida mulher sem dores de consciência que fui encontrando dentro de mim ao longo destas semanas... como se não houvesse amanhã!
Mas o amanhã chegou e é muito saudável nesta "rentré" aqui reencontrar este espaço onde todas as palavras podem ser largadasà sua sorte, sem patrão nem censura.
Quando solto as ideias, espalhando as em forma de letras por este teclado fora, estou acima de tudo a abrir a "saison" do reencontro comigo mesma, estou a dar tempo e espaço para ouvir o que este silêncio dentro de mim esconde.
É reconfortante, de quando em vez, sentir o olhar de quem por aqui passa, o mimo da palavra deixada, um olá que eu vou encarar agora como um: ok miúda, podes voltar, estás perdoada!

quinta-feira, setembro 6

estou de volta
pensamento à deriva, satisfeito de azul, diluido em horizontes planos, pleno de maresia, enfeitado de algas e luares, enchendo-me a cabeça de constelações e prometendo outras viagens, outras paragens nesta aventura de viver.
estou de volta
estou feliz
ainda trago dentro de mim a canção do mar, trago o balanço das ondas para me aligeirar o passo e o sentir
estou voltando, um passo, depois do outro não vão as algas soltar-se dos meus cabelos, e a espuma branca que me lava a alma evaporar-se sem ter tempo de lhe atirar um até já.. até sempre

domingo, julho 15

CU CU

Os meus clientes querem sempre notícias fresquinhas;
estamos quase fechados, por aqui, não para balanço mas para férias;
eu sei como é andar a ver o que se passa por aqui e espreitar onde nada se passa... xato, pois... mas é por uma boa causa!
Talvez eu volte inspirada, talvez eu volte com saudades, certo certo é que agora estou de passagem só para vos dizer:

VOLTAMOS A ENCONTRAR.NOS... NAS PALAVRAS QUE AQUI DEIXARMOS... NAS FRASES QUE DAQUI LEVARMOS... NOS ENCONTROS QUE AQUI NOS APROXIMAM!

Fiquem bem, até lá!

terça-feira, junho 26

Voei

Não pensem que me fui...
Vou só lá fora espreitar o Verão, o mundo, o mar... vou aquecer o corpo ao sol, arrefecê-lo no mar, vou comer gelado e saladas, carapaus e caipirinhas, vou ali ver os por-de-sol, vou cavaquear ao luar, dormir sestas, fazer noitadas, amar ver o meu querido adolescente de gaiola aberta na sua liberdade descomprometida, em festa permanente (que felizes que somos quando não lhes impomos obrigações), enfim o que eu quero deixar aqui dito é que vou a banhos!
Mas volto, criei aqui alguns ternos laços e vou querer espreitar e deixar uma palavra de quando em vez!
Até já

quarta-feira, junho 20

O pecado de Eça de Queirós

Os anos passam e o gozo de ler Eça se possível, sái renovado de cada vez que lhe pego.
Está definitivamente entre os meus preferidos.

Peguei no "Crime do Padre Amaro" e estou num deleite... é a tal companhia que gostamos de ter à nossa espera para um momento bem passado; o efeito catastrófico que deve ter causado na época, ainda deve abanar com as suas réplicas, as mentalidades de parte da nossa sociedade.
Como foi possível tamanha liberdade, crueza, ironia?... como permitiram a Eça sobreviver depois de pôr a nu, com imenso realismo, elites intocáveis e insuspeitas? Autêntica chusma de blasfémias e "poucas vergonhices" que ainda hoje, décadas e décadas depois, me levam à gargalhada incontida, perante a diversidade riquíssima de "tipos", tão "nossos", tão portugueses... por estranho que me pareça, talvez pelo lado jocoso e algo paternalista que Eça utiliza, aquelas personagens não me inspiram desprezo como na vida real. Até uma pontinha de ternura trocista perante tanta alarvice e imoralidade... os enlevos e os amores parecem mais legítimos mesmo quando adúlteros ou pecaminosos, a gula transforma o "clero" em gourmants, as fêmeas libidinosas de meia idade, em sedutoras irresistíveis.
Se por estes dias, um quaquer jornal nacional publicasse em "folhetins"os episódios mais "picantes" do Crime do Padre Amaro ponho-me a imaginar que teriamos tema de abertura de notícias garantida nos 4 canais nacionais em horário nobre... um escândalo, uma pátria lesada, um país desacreditado e uma barrigada de riso satisfeito por ver o retrato mais velado dos inconfessáveis pecados de quem concede a si, e todos os outros, o perdão divino, com procuração implícita do mais alto dignatário daquele que, a todos limpa a consciência, em troca dumas avé marias e uns padres nossos avulsos, ditos entre uma e outra escorregadela... tudo devidamente confessado, debitado e creditado, como manda a sapatilha! Com boas contas se fazem os bons amigos!

CU CU

Aviso à navegação:
Por aqui mar calmo; alguns problemas técnicos que se deverão resolver em breve.
Aos que deram pela minha falta aqui fica um xicoração apertadinho!

Mas tenho relido os meus 2 últimos posts de que, modéstia à parte, muito gosto... sou eu não é outra!

quinta-feira, junho 14

Os homens e a guerra

As imagens que passam diáriamente nas notícias sobre a guerra deixam-me na posse de um dado incontornável: quem a faz são os homens; parecem meninos grandes, com meios desajustados ao seu desenvolvimento intelectual, ao seu estado de consciência; em corridas de esconde esconde, empunhando metralhadoras, vão disparando rajadas na direcção do "inimigo"... exterminam-se uns aos outros, para gáudio de certos senhores engravatados que, nos seus luxuosos gabinetes, pendurados em torres de espelhos, fazem contas aos milhões que vão acumulando, à conta do material bélico com que irmãos vão matando irmãos, em jogos de vida ou morte, que só param para as mesmas marionetes correrem a acudir aos que jazem ensanguentados por entre cadáveres... tudo entre corridas e urgências, ódios e acção, achas e fogueiras.
Certo é que as mulheres encerram em si violências incontáveis. Guardam em si ódios e recalques, invejas e complexos, mundos tortuosos capazes de explodir e desencadear agressividade e violência.
Não estou é a ver um exército de mulheres cheias de ódio a matar tudo o que mexe indiscriminadamente. Acredito que dentro de quase todas existe um respeito e amor pela vida dos seus semelhantes, um momento de reflexão mais profunda e humana, um colectivo mais pacífico, menos sangrento, mais contido, menos impulsivo, mais maternal e menos primário, capaz, num momento de decisões, de um maior desinteresse material em prol de melhores condições sociais para todos.
Acredito que, numa assembleia de mulheres, se dissessem inúmeros disparates, se falasse ao ritmo da emoção, se competisse e agisse por pouco louváveis motivações e interesses, mas acredito que, no momento das decisões, uma responsabilidade superior aos seus interesses e uma inteligência e sabedoria gerais, se sobreporiam a outros menos bons atributos, de um colectivo muito mais capaz de respeitar a vida por estar mais directamente implicado na sua origem. Digo eu.
Gostava, ponho nisso muita esperança, de ver as decisões verdadeiramente fundamentais, nas consciências e no poder de um colectivo feminino.

ADDDOORRNOOOO???????????????

Gravata - Tira de tecido estreita e longa, que se usa com um nó próprio como ornato à volta do pescoço.
Ornato - adorno, enfeite, ornamento.
Tenho vindo a reparar na liberalização da estética da gravata... surpreendo-me com a forma, mais ou menos criativa e inteligente, com que os gestores de imagem gerem este suposto adorno.
Nos dias de hoje há-as de cores atrevidas, (rosinha, lilás, verdinho água, etc), desenhos sugestivos, decorando grupos em pretensa sintonia ou dando o destaque pretendido a um só indivíduo.
Mas a mim não me enganam... eu não consigo ver na gravata um adorno; um adorno usa-se para enfeitar, embelezar, seduzir, alegrar ou outras hípóteses no sentido de melhorar a imagem e libertar a personalização criativa que cada um possa, ou queira, fazer do seu "retrato".
Um adorno ou ornamento usa-se por opção individual, é um toque criativo, é uma prenda que nos oferecemos, uma futilidade útil, porque é um cuidado, um mimo , uma atenção que temos para connosco e isso é bom, faz bem à auto estima de quem o usa!
A GRAVATA, então, é coisa que me ultrapassa; não lhe encontro características de adorno ou ornamento... não é divertido nem criativo, não liberta nada de bom, antes pelo contrário, interpreto-a como uma sujeição, uma submissão, um carneirismo que só se explica pela existência de um pacto silencioso e ancestral, que pretende distinguir a casta mais elevada das nossas sociedades capitalistas.
É desconfortável, sobretudo no Verão, "estrafega", enforca, diminui a sensação de liberdade, digo eu , que nunca a usei, é só de olhar que me vem este desconforto, e duvido que me sujeitasse a usar... porque o pacote não traz só uma gravata , é toda uma hierarquia de concessões, que passa pela simbólica corda ao pescoço. É como ir à tropa... certas imposições não me imagino mesmo a acatar, nem que chovessem canivetes!
E, como se não bastasse, é IMPOSTA, OBRIGATÓRIA, em determinados contextos sem dúvida um símbolo, uma marca de aceitação do senso comum numa área muitíssimo pessoal: aquilo que vestimos, e ainda mais grave, os "ornamentos" que escolhemos, a nossa relação com o espelho, que, sendo assim, sujeita um indivíduo a olhar para si num último relance antes de sair para o mundo, e ver-se como a socieadade, a empresa ou o patrão exige que ele se apresente... um exército de uniforme cinzento, ou pelo menos amorfo, sem cor, com a camisinha chata com tanto botão, colarinho, punhos, casacos, calçinhas vincadas e a cereja em cima do "pastelão"... a gravata que, num grito de ESTOU AQUI, alguns escolhem usar com um toque de cor!
Pronto, não quero com isto chatear ninguém, até porque muitos, se calhar, tiveram já de ultrapassar este conflito e adaptar-se ao inevitável... e todos, no dia a dia, temos mesmo de engolir uns quantos sapos... cada um os seus... mas que a gravata me inquieta e tira do sério é verdade... esse sapo, não é para mim!

quarta-feira, junho 13

Não sei quem fez...

Mas desconfio que foi um grande artista, daqueles de cujas obras nem se fala, que nos emudecem de emoção e espanto, nunca ninguém jamais conseguiu obra que se assemelhasse ( escreve-se assim?) ou chegasse sequer aos calcanhares de tão sublime espectáculo. É estar perante o divino, a perfeição! Ajoelho-me perante um criador de tão desmesurada inspiraçao!
Já tinha visto fotografias mas certos movimentos não se podem parar sobre pena de lhes roubar toda a beleza todo o sentido, o encadear das formas, das cores e do movimento perde-se no estático da imagem da explicação lógica.
Quero lá saber de explicações: é lindo de morrer, e se pudesse satisfazer um desejo por hoje era este: quero ver uma AURORA BOREAL;
na dois ontem abriram-me o apetite e agora devo ficar em silêncio porque perante obras divinas as palavras são absurdas tentativas de explicar o que não tem explicação!

o que me faz feliz

o que me faz feliz
o meu mundo ao contrário

O meu Farol

O meu Farol

A bela foto

A bela foto
o descanço dos meus olhos

A minha cama na relva

A minha cama na relva

O meu Algarve

O meu Algarve

...enquanto uns trabalham...

...enquanto uns trabalham...