quinta-feira, fevereiro 26

Sundog millionaire

"Quem quer ser milionário"... o "filho de um cão" quis... e com que força...
O que eu gostei do filme
Há tempos que não via um, que, de modo tão completo, me enchesse as medidas
Não lhe caí nos braços, até levava um pé atrás... quando toda a gente elogia muito um filme, costumo concluir que eu não sou toda a gente!
Gostei de todos os ingredientes, em doses sóbrias e com encaixe perfeito... que mais posso eu dizer... é bom ficar rendida e apenas acrescento: - Não deixem de ver o filme!
PS já a a Viscondessa deliciei-me com a música, a imagem, a reconstituição, e o argumento que também é valente... só escorreguei na interpretação da Keira Knightley, que além de ter um nome difícil à brava de pronunciar faz o papel de fora para dentro, nãO AGARRA A PERSONAGEM COM A MATURIDADE QUE EU GOSTARIA... ATÉ PORQUE É UM PAPEL APETECÍVEL, (bolas para o capslock... agora fica mesmo assim...) e ficamos a pensar se não haveria outras dotadas para vestir aquela rica personagem... não é que seja má interpretação, mas, para mim, é muito poucochinha!

sexta-feira, fevereiro 20

o que me faz feliz

Levei um tempão para postar estas fotografias aqui em baixo...
Aparecem, não há dúvida... mas umas cortadas (a da alfarrobeira com a bolinha vermelha está quase erótica... eram várias bolinhas as outras sumiram), a minha cama na relva está encolhida, a chaminé por metade... fora o resto!
Somos uma gente de boa vontade e o que conta são as intenções... juro que a minha foi boa!
... um dia, vou saber como se faz... não se sabe é quando...
... tal como a chuva... eu SEI que vai chover... não sei é quando...
... mesmo assim são bonitas... enchem-me o olhar... a alma... e são os "retratos" daquilo que me faz feliz!
PS... eu não digo... meto-me em avarias e é o que dá... as fotos agora estão sempre em cima... e este post apareceu em baixo... migalhas...
PS2 : as bolinhas reapareceram e a chaminé comôs-se... não fui eu...mistérios...

A kaxaça não é água não, lai, lai li

Mais um Carnaval, mais um ano sobre o meu nascimento, e vão 53!
Escolho esta data e o 31 de Dezembro para fazer um "balanço"
Até quarta feira estarei até fechada para isso mesmo, fazer o BALANÇO!
Nunca achei particular graça a esta época, talvez porque sempre decidi por mim, quais os momentos propícios para me libertar de espartilhos, para ser "maluca", fazer a festa, vestir o que me apetecia, e, acima de tudo, nunca dei demasiada importância ao que o senso comum pensava das minhas opções/ acções! Não por mérito meu, apenas porque "me criei" nos anos revolucionários e libertadores em que tudo era possível... tal como no entrudo (que mal que soa, entrudo)!
Para lá de outros motivos, penso que esse é um gozo especial que o comum dos foliões extrai do Carnaval... poder andar de mama ao léu, cantar e dançar à maluca, usar cores para lá do que é um arco- íris, ir para a rua quase nu, ou na pele do que a imaginação atingir, fazendo dos estranhos amigos, como se não houvesse amanhã, numa comunhão em que só a "alegria" vale...
É uma catarse colectiva, um vale tudo, ninguém leva a mal, e quanto maior é a tristeza e a desilusão maior tem de ser a festa, mais inesquecível, mais libertadora! Este ano deve ser mesmo de arrasar...
Acho bem, embora o meu achar não seja por aí chamado, parece-me salutar e oportuno estes dias de libertação... a vida não está nada fácil e alegria nunca é de mais... poderá ser pateta, mas será bem vinda!
Que todos se divirtam e que quarta feira possam sentir que o Carnaval os deixou mais leves, comunicativos e com alegria que chegue à Páscoa... depois logo se vê...
PS usei e abusei de palavras da familia "liberdade" mas o Carnaval é isso mesmo... abusar com força e sem medos!

quarta-feira, fevereiro 18

plof... plof...

Por nada de especial... por tudo em geral... o mundo... a vida... as pessoas,
por vezes parece-me inútil, os esforços parecem-me vãos, as lágrimas desnecessárias, os sorrisos frágeis, os amigos distantes, a solidão pesada, os dias longos, a vontade nula, nada compensa, nada vale a pena... ( e isto sinto eu, que até nem tenho razão de queixa... ou tenho???)
Ficar imóvel, fingir-me de morta... pedindo ao recém chegado sol que me aqueça e ilumine este frio interior
Um dia, um colega de infância de que já não me lembrava, mas que me avivou muitas memórias, revelou uma verdade mal escondida... em criança os meus comportamentos irredutíveis e obscuros roçavam o autismo... bom, ele disse que eram "profundamente autistas"... eu não acredito.... mas que ando lá perto, nestes dias assim, ando...
Não me consolem, nem vale a pena, isto há-de passar... não se sabe é quando!

sexta-feira, fevereiro 13

Bom fim de semana

O fim de semana à porta, finalmente
Estou bem
A natureza já chama por mim
Qualquer bocado de chão, menos duro, me serve para ali ficar, estendida, a ouvir os zunidos, os zumbidos, os pius e os pios
Ao longe, por detrás de todos os sons, o de um motor a trabalhar diz-me que não estou sózinha nesta vida... antes assim!
O sol, que ainda não está demasiado quente, acaricia-me as memórias de dias frios, tornando-os distantes e leves...
Gostava de viajar numa nuvem, leve e descomprometida, levada pela brisa
Gostava de saber cantar como o melro
Gostava de ser a semente que aguarda o sol para desabrochar
Gostava de ser a abelha que recolhe polén, de flôr em flôr
Gostava de ser a areia limpa da praia, que goza os primeiros calores no rescaldo resguardado do Inverno já sem força
Mais do que tudo isto gosto de ser Inês, a que partilha estes e outros gozos, que viaja com a nuvem, a ouvir o melro cantar, deitada sobre as sementes que agora desabrocham, rodeada de pássaros e abelhas, em comunhão de festejo pela Primavera que se anuncia, sabendo que lá, à distância de uma vontade, a areia limpa espera por si, o mar enrola na areia, bate nela e está feliz!
... e não é para estar contente???... pedir mais????... não!!!... gostava apenas de ainda ter amanhã o que hoje festejo, e agradeço!

quinta-feira, fevereiro 12

... "QUE FORÇA É ESSA QUE TRAZES CONTIGO????"

QUE FORÇA É ESSA AMIGO, QUE SÓ TE FAZ ACREDITAR, QUE SÓ TE FAZ ACREDITAR, QUE FORÇA É ESSA AMIGO..........................
Na letra do José Afonso a força era braçal e fazia obedecer... neste caso é uma força guadada no peito, que faz acreditar!
O trajecto era Jardim da Estrela - Príncipe Real
O diálogo:
91 anos/ a mãe:
- Hoje fui passar a tarde com ela... fui a pé...
52 anos/ a filha:
- ... A pé????? Mas ainda são 20 0u 30 minutos a andar...
91 anos/ a mãe:
- Oh filha, para lá é sempre a descer!!!
Conclusão: Quando a atitude é positiva, grande a força de vontade, franca a generosidade, os caminhos fazem-se mais perto, as descidas mais suaves e as subidas menos íngremes...
Que melhor herança poderia eu pedir do que um exemplo de vida que me dignifica o orgulho que sinto e me faz sentir que não tenho o direito de criticar ninguém pois muito do que tenho de bom não devo a mim mérito algum... tive na vida a sorte, o privilégio de ter uma pequena grande mãe!
Metro e meio de mulher... um UNIVERSO de beleza humana!
... sem dúvida... eu tenho uma heroína na minha vida!

quarta-feira, fevereiro 11

Desafio da Minuxa

O livro que eu tinha mais à mão chamava-se "O nabo gigante"e não tem mais que 2 ou 3 dezenas de páginas; lancei a mão a outro, aqui mesmo atrás de mim, vantagem de trabalhar numa bib, ainda que escolar!
O livro chama-se "O Deus das Moscas", escrito por William Golding e publicado pela primeira vez em 1954; ainda não o li mas está na forja...
6ª linha, página 162, reza assim:
"O crânio olhava para Ralph como alguém que sabe todas as respostas, mas não....
(... quer revelá-las.)... diz o William!
... e eu:
"O crânio olhava para Ralph como alguém que sabe todas as respostas, mas não as pode revelar, fazendo por esconder dentro do seu olhar vazio as verdades que o rapaz teria de desvendar sózinho... tudo iria depender de si, da sua fé ou do seu cepticismo, dos caminhos que escolhesse, ou se escolhesse não escolher caminhos!
Ali, no seu oco e irredutível silêncio, o crânio percorria os meandros das suas memórias, buscando incansável, os primeiros sinais que o tinham acordado para a REVELAÇÃO!
Não ia ser fácil, dono de uma energia inquebrável Ralph procurava a verdade fora de si, como é próprio de quem, ainda há pouco, se fez ao caminho.
Já a caveira, dona de larga experiência, embora aparentemente dona de coisa nenhuma, sentia dentro dela o brilho e a força do conhecimento.
Senhora do mistério, dona da verdade, olhava maternalmente o seu protegido, paciente e compreensiva, conhecedora dos tortuosos caminhos deste lado de cá, aguardava, conformada que o destino se cumprisse e que a oca cabeça de Ralph lhe indicasse, finalmente, qual a sua verdadeira missão...
PS muito adjectivo e acaba num vazio, mas gostei de escrever e de ler no fim tb!

terça-feira, fevereiro 10

Sol, podes vir, estou preparada

Está-se me a secar o bolor, vai-se-me indo embora a húmidade, já sinto os pés... e as mãos, as articulações mais elásticas, o olhar mais curioso, os dias menos encolhidos, o sol mais generoso
o vento não parece mais querer arrancar-me o couro, a lama está a secar, os ouriços vão aparecendo, os pássaros, enganados, antecipam-se em cantos primaveris
as nuvens menos solidárias vêm avançando mais sós, menos negras e carregadas, passam mais ligeiras, deixando as suas zangas noutras paragens
o sol já ufano, sentindo o seu protagonismo eminente, arregaça os raios que nos hão-de aquecer, prepara o calor que nos vai desabrochar...
encolhidos, pálidos, deprimidos, depressivos, enregelados, quase vivos, chegamos aos dias de sol como se anos de luz se tivessem atravessado entre ele e o planeta azul!
Mas não... é somente mais um Inverno que cumpre o seu timming, zeloso e metódico, contempla-nos com as suas melhores especialidades, fresquinhas, molhadas, cinzentas e empapadas, frias e enregeladas!
Gosto das quatro estações... mas... confesso a minha tremenda carência... dêem-me sol urgentemente... estou cansada de me esconder entre as paredes de casa, tenho saudades de me misturar com as árvores, as minhas baterias solares estão no limite... agora só mesmo os olhos fechados, o corpo estendido no chão, entregue sem resistência nem pressa, esquecido de tudo, rendido ao sol e ás suas carícias, sem palavras, apenas habitado mais uma vez pela gratidão, pelo prazer do seu usufruto!

quinta-feira, fevereiro 5

Quero margem firme..., não há???... bem me parecia!

Deixo-me levar, ao sabor da corrente,
solta, à deriva
rio abaixo, rio acima
ribeira quieta,
ou inquietas águas, sobressalto de remoinhos;
em baixo os seixos lavados aguardam calmias
no fundo a vida aquática
recolhida no frio,
escondida na sombra de negras nuvens

Deixo-me levar, ao sabor da corrente
nem sempre a margem me trava a deriva
também uma pedra, ou um pau me impedem de chegar.
Na margem tenho raízes
reconheço o chão que piso
seco os meus sustos ao sol

Assim, à deriva, vou desprotegida, sem rede, sem raízes, sem rumo
porque o rumo é filho da corrente que arrasta consigo a minha vontade
chego a pensar que melhor seria não ter vontade,
já que a vontade da corrente é mais forte do que a minha.

quarta-feira, fevereiro 4

Monopólios???... não obrigada!

Afinal a EDP é minha amiga, já não está zangada comigo e, pelas 10 da manhã encheu-me os fios de electricidade, novamente!
... ainda bem, porque, se ela não me desse luz, ninguém mais o podia fazer... que agradável, não termos alternativa... assim nem temos de andar para aí a comparar e estudar as outras hipóteses... a EDP é duplamente minha amiga!
Viva a EDP
PS e, se mais logo ela me faltar de novo, não é culpa dela; será concerteza para meu bem e de todos nós, ou ainda algo que lhe é alheio!!
Por isso viva a EDP

terça-feira, fevereiro 3

Dois posts num só... será da crise???

A quem alguma vez duvidou posso agora afirmar sem margem para dúvidas:

-ESTAMOS NO INVERNO!

Guardo uma dor no meu coração, nada que eu possa modificar, portanto faço por aceitar o inevitável destino, com tudo o que tenho de racional!

Se dou asas às emoções, que ponho no olhar atento com que acompanho uma filha de Deus, irmã de sangue, que está a travar uma luta pela vida, desigual e dolorosa, partindo o coração a quem nada pode fazer... senão esperar o melhor e aceitar o pior, dizia que se me entrego, perco a razão e recuso-me a encarar esta realidade como um facto doloroso... mas natural!

Vou-me escapando à dor, e ao inverno, por entre os grossos pingos da chuva!

Atenção, isto é já outro POST
A EDP, que não quer que nada me falte, fez questão de, no último fim de semana, me esfregar nas horas um escuro que só visto... eu explico... faltou a electricidade no monte pelas 10 horas de domingo, e só se fez luz na segunda feira às 18 horas... até custa a acreditar.

Fiz inúmeros telefonemas, falei com a Ana Luisa, a Débora, a Susana e até a Marta, fora as outras... todas me davam previsões, nenhuma sabia que a história já vinha de outros capítulos e assim de previsão em previsão, apalpando o escuro e chamando a trifásica através de fios e mais fios vindos de cantinhos privilegiados do monte, lá se conseguiu salvar o miolo da arca congeladora! Foi o que se salvou pois a sensação de negritude em tudo à minha volta, essa persistiu.

Terça feira, à hora do almoço, tudo estava nos conformes... MAS, no regresso a casa, pelas 18, era já o escuro que me esperava de novo, hora após hora, pela noite dentro, arrastando a madrugada consigo e esperando a aurora para que luz se fizesse... só merdas que "matormentam", como desabafa o SAM!
É certo que, como se pode perceber pelos primeiros parágrafos do post, não é o escuro que me aflige, nesta passagem da minha vida... mas garanto-vos, não ajuda mesmo nada...
... se calhar mais logo... mais do mesmo...
... se ao menos da capital viesse uma luz, uma esperança, um momento de alívio...

o que me faz feliz

o que me faz feliz
o meu mundo ao contrário

O meu Farol

O meu Farol

A bela foto

A bela foto
o descanço dos meus olhos

A minha cama na relva

A minha cama na relva

O meu Algarve

O meu Algarve

...enquanto uns trabalham...

...enquanto uns trabalham...