Há palavras de que não gosto e outras que me são caras
Psidónio cheira-me a colónia barata e associo a soquete que também me leva para vãos de escada com cheiro a mijo de gato... não gosto.
Outras como birra, abstrato, mau, piropo e piparote que, só para dar alguns exemplos, encerram na sua música o sentido que lhes atribuimos.
Cerimonioso estamos mesmo a ver o seu significado... não podia ser outro... eu sou, e muito; não me parece um mau princípio nos dias que correm!
Aldrabão, alarve, ganâncioso... que bem que ficam a quem assim baptizamos, pronunciá-las deixa-nos os sentidos alerta.
Os tempos verbais e a sua música levam-nos a sentir a acção que descrevem: fugiu, acabou e sonhei por exemplo... e aquelas palavras que, casadas umas com as outras, nos atiram com inevitabilidades para cima, com um - NUNCA MAIS ou por outro lado, PARA SEMPRE, são antecipações futuristas redutoras mas que ao ouvido soam tão definitivamente determinantes!
Ontem o sono não vinha e andei a navegar no mundo das palavras e dos seus pesos e sentidos; foram muitas as palavras que vinham em catadupa (palavrinha engraçada) e diverti-me bastante a escolhê-las, atribuir-lhes sentidos e humores... mas em cima delas dormi um sono longo e hoje quiz deixar por aqui sinal de que entre mim e as palavras soltas houve ontem um encontro, já que os carneiros por ali não passaram!
Psidónio cheira-me a colónia barata e associo a soquete que também me leva para vãos de escada com cheiro a mijo de gato... não gosto.
Outras como birra, abstrato, mau, piropo e piparote que, só para dar alguns exemplos, encerram na sua música o sentido que lhes atribuimos.
Cerimonioso estamos mesmo a ver o seu significado... não podia ser outro... eu sou, e muito; não me parece um mau princípio nos dias que correm!
Aldrabão, alarve, ganâncioso... que bem que ficam a quem assim baptizamos, pronunciá-las deixa-nos os sentidos alerta.
Os tempos verbais e a sua música levam-nos a sentir a acção que descrevem: fugiu, acabou e sonhei por exemplo... e aquelas palavras que, casadas umas com as outras, nos atiram com inevitabilidades para cima, com um - NUNCA MAIS ou por outro lado, PARA SEMPRE, são antecipações futuristas redutoras mas que ao ouvido soam tão definitivamente determinantes!
Ontem o sono não vinha e andei a navegar no mundo das palavras e dos seus pesos e sentidos; foram muitas as palavras que vinham em catadupa (palavrinha engraçada) e diverti-me bastante a escolhê-las, atribuir-lhes sentidos e humores... mas em cima delas dormi um sono longo e hoje quiz deixar por aqui sinal de que entre mim e as palavras soltas houve ontem um encontro, já que os carneiros por ali não passaram!