Cada um é como é... mas se pudéssemos contar com a palavra que nos é dada, mesmo nas relações corriqueiras do dia a dia, como se se tratasse de uma verdadeira intenção, seria facilitador para a compreensão que cada um tem dos outros!
Isto para aqui dizer o seguinte... IRRITA-ME de sobremaneira:
Quem diz que vai... mas não vai!
Quem não responde a um convite que lhe tenha sido feito, ainda que não possa comparecer, muitas vezes já o sabendo de antemão!
Quem se mostra solicito... sem o ser!
Quem promete e não cumpre!
Quem se prontifica... mas só em palavras!
Quem diz: - Amanhã... ou depois..., sabendo nós que, esta é a maneira cobarde de dizer: - Não me comprometo...
...e mais o... "depois um dia destes eu passo por lá", ou "aparece..." que é uma sugestão esquiva e descomprometida, que nos deixa muitas dúvidas sobre a consistência do convite.
Migalhas, insignificâncias sem gravidade, que fazem parte do tipo de relações que revela falta de transparência e frontalidade deixando outros pendurados em expectativas que nunca se cumprem... ou talvez sim...!
Lamentável, sobretudo para pessoas que como eu gostam de saber com o que podem contar! Encaro a lealdade como se fosse um requisito normal... e incontornável; gosto de dizer aos outros exactamente com o que podem contar, no que de mim depender... sei que nem toda a gente gosta dos meus nãos, muito bem articulados e com estrutura de betão, talvez gostassem mais de ter como resposta um : "nim"...ou um "talvez"... mas no meu caso só me comprometo e dou o sim em vez do não quando acabei de decidir que era possivel mudar de rumo!!!
Ao NIM não lhe reconheço a côr, nem a forma, não me convence, decididamente!
Não que tenha este tipo de ralações nas minhas relações... é mais aquele colega que diz: - Não compres... eu arranjo-te isso... Eu passo por lá e resolvo-te o assunto num instante... Assim que possa trago-te...
Pois se eu me estava a preparar para agir... fico pendurada... se ele vai não podemos ir os dois... se ele traz não vou comprar, se ele resolve não chamo mais ninguém... é assim que se penduram os pendentes até mais não... no geral esta é uma forma muito nacional de não fazer nem deixar fazer... mais que nacional é bem algarvia a frase que agora, mais do que nunca, entendo até ao tutano: "- Amanhã ou depois"...!!! aqui podem colar-se todo um ror de promessas que não temos intenção de cumprir; ou intenções que não passem disso mesmo; ou escapes airosos a compromissos a que não se consegue frontalmente dizer não!
Sou doutro tempo... em que a palavra dada, ainda que pudesse ser fraquinha, tinha a firmeza de algo de nós que se dá... que nos pertence... e ali fica, a substituir-nos, até que... nós voltávamos para a substituir pelos actos a que se reportava!
Tudo isto são migalhas, coisas sem gravidade, que nos obrigam ao grande exercício de aprender a viver BEM em sociedade, sabendo como somos diferentes uns de outros e é assim que temos de nos aceitar... com tudo o que nos une e nos divide... nem sempre é fácil... nem sempre apetece... simplesmente É ASSIM!