quinta-feira, abril 7

Ai Portugal, Portugal, de que é que tu estás à espera?

Os mercados internacionais andam nervosos porque Portugal está um LIXO,

Sócrates afiança que estava tudo bem não fosse o tal PEC que deu barraca, e se ele é bom a afiançar.....

A mim parece-me que com transparência na gestão dos bens comuns e distribuição de riqueza mais equilibrada já tinhamos meio caminho andado!

Cargos políticos só nos partidos, lá dentro de portas para quem deles sente falta e cargos públicos ocupados por gente profissionalmente capaz, adequada às funções para que lhes pagamos. Já estavamos num bom caminho.

Apurar responsabilidades e abolir a impunidade também faz falta. Um bocado!

Fazer silêncio, calar o PS, que nem devia ter direito à palavra, e dizer ao PSD e ao Passos Coelho para arrancar o babete, largar os talheres e tirar os olhos do bife que nada está garantido;

assim como o povão elegeu, num concurso para encontrar novos talentos, um jovem que tudo o que tem para nos oferecer é a poesia, porque não acreditar que os portugueses saberão reconhecer talento para nos governar se se chegarem à frente talentosos potenciais governantes, movidos pelas melhores intenções, que devem, seguramente, ter nascido entretanto.

30 anos é já uma vida... e se não lhes escapou a atenção, sabem que temos sido governados por gente que se governa e desgoverna Portugal... de tanto se fartarem e abusarem deixaram nos ficar um LIXO.

Viver para ver, para aprender, talvez para surpreender!

quinta-feira, fevereiro 24

25 de Fevereiro

Tenho momentos desta minha vida que desejo festejar
Hoje é uma festa solitária esta que faço
Não é caso para menos
Que belo o momento
Vindo duma "alma roqueira" surpreendeu-me o desejo de ouvir música clássica, Mozart que mais clássico não havia
As colunas a estrear oferecem-me a voz do computador que andava tão mudo e agora obedece à minha batuta... nem sei bem que lhe peça... ai, caprichosa gostaria eu de lhe espetar o dedinho em riste e: vá, toca só para mim... mas a vastidão de oferta vai-me tolhendo as iniciativas, talvez a modéstia, talvez amanhã me sinta mais capaz de colher de todas a escolhida, a desejada, a música que já me tardava ouvir.
Que festejo eu, pois que é amanhã que venho à luz, faz então 55 anos...
Ah pois, são os laivos da minha costela muito, mas muito aproveitadiça... não são estes os derradeiros momentos dos meus, quase idos, 54 anos... é que não é de se lhe virar as costas... ...nunca, mas é que nunca mesmo vou voltar a pôr os meus pés nesta condição.
A partir de amanhã toda eu sou outra... acordo numa versão que deixa esta de hoje num album de memórias que, curtas como as que guardo, são já águas passadas, dias, semanas, meses arquivados para sempre, páginas viradas, que, ainda generosamente, me sobram em minutos que se escoam nestas útimas palavras que escrevo.
Como este branquinho de blogue que aqui persigo batendo as teclas neste momento, conquistanto letra a letra uma lógica que me ultrapassa, já que dentro mim, uma mulher de 54 anos se despede de si, e recebe feliz a outra que desta vai nascendo, a cada letrinha, a cada minuto, incontornável, até que esta que hoje ainda sou se arrume junto de todas as que fui, lá, no espaço que me construiu, nas memórias das Inezes que eram eu.
Os 54 quase gastos, usados, acabados, dão lugar a uns 55 a estrear, novinhos, imaculados.
Não os vou estragar nem desperdiçar, é o que me prometo, sei que vou cumprir esta intenção, pelo menos até que os comece a tratar por tu... mas então depois se verá... porque agora do que se trata mesmo é da festa de despedida... dos 54.
"Gracias à la vida que me ha dado tanto!" é o que aqui fica dito e se não é assim que se escreve que me justifique os gastos da festa que me dou!

segunda-feira, novembro 15

Sonho ou realidade

Através da vidraça imensa o sol radiante distrai-me da realidade...


...os dias vividos, que se foram,


rotinas empurrando as horas, as semanas, os meses


sucessão de emoções, de rostos, de pressas e lazeres, de sustos, alegrias, certezas e inseguranças,



escorregadia, a vida...



...por entre amores e dissabores, aventuras e desventuras,


memórias que me escapam no todo


deixando-me apenas o gosto do promenor,


marcando-me no sentimento, na emoção, no registo que me acorda a alma


acreditando que de olhos fechados é o sabor da essência que se sobrepõe a tudo o resto.



Do que os dias levam da minha história, pouco me fica


... a construção de quem sou, ao que cheguei,


cada momento vivido alimentou este "aqui", este "agora"


e essa é a minha única bagagem, o que tenho de meu


o que me traz um sorriso aos lábios quando me sento na natureza, e aí me sinto em família


quando as árvores são irmãs, e os montes mestres, os animais sábios... porque existem e se cumprem!



Quando sou mar e o mar sou eu, sinto que grande é a obra, que bela é a criação.


Tudo o que de mais possa sentir ou pensar é nada... é pequena coisa pouca
Para trás os factos, as datas,


dentro de mim o amor, o sentimento, a emoção



A realidade vai-se assemelhando a um sonho, um pesadelo, um filme ou uma peça que nos envolve, mas que nem sempre parece ser a nossa própria história de vida


quando o tempo nos escapa


quando o que nos rodeia se impõe, com peso esmagador, ao mundo que nos habita por dentro


é de silêncio e solidão que nos curamos


Se o mundo, os outros, e o mundo dos outros, nos tapam a paisagem o sonho e a aventura, melhor será sairmos para dentro de nós,



é o tempo de nos escutarmos


de encontrar em nós o olhar que pensa e o pensamento que olha
Distraída assim do que atenção não me merece vou passo a passo marcando o meu caminho
...inteira, feliz, porque sou um ser pensante, porque deslizo ao sabor das emoções e dos sentimentos entre realidades que nem sempre me tocam mas me dão que pensar, me fertilizam o pensamento, e me parecem mais sonhadas que reais... ao passo que, no sentido inverso, o sonho se vai colando, mais e mais, ao que me parece real, e verdadeiramente importante!

quarta-feira, outubro 27

Só para desenferrujar

Estive fora nos últimos 10 meses... fora desta cadeira que me abre a janela do migalhas!

Sim, é certo que existem outras cadeiras com vista para o meu blogue, mas é aqui, junto desta janela imensa, de onde me guardam os pomares de laranjeira que o meu olhar interior se espraia mais a jeito, as ideias mais variadas surgem, as palavras soltam-se e a vontade de me lançar ao teclado vem...
Nem sempre tenho o tempo mas sentir a vontade é já um começo... penso eu!

segunda-feira, agosto 9

Férias na Zambujeira

Fresca e repousada, estendida sobre a cama, despertei-me num suave ruído que me trouxe para fora do quarto, mesmo ali, roçando-se na parede da janela do quarto, aquele ritmado som que quase se apaga, para logo renascer, numa cadência de esforço sem nome, morria e logo recomeçava, persistente, esforçado, como se um último suspiro teimasse em voltar, quase inaudível, teimoso, a adiar o inadiável!
Em silêncio quis saber e, curiosa, estiquei-me para fora da janela; abrindo o olhar sobre uma alma sem idade, que arrastava um corpo com mais de 150 anos, sobre duas muletas... Tic- Tic, o metal no seu cantar quase leve, muito lento, batia a calçada, como se não houvesse amanhã, em contraste com o que sobre ele se arrastava numa lentidão de doer, numa insistência de admirar, só porque parar é morrer a velha senhora ia em direcção ao mar, às falésias que nem sei se os seus gastos olhos conseguiam alcançar, mesmo ali à sua frente... talvez o cheiro a marezia... quem sabe a brisa do mar, o grito das gaivotas... talvez apenas o peso, ou a leveza das recordações, quem sabe se a certeza de que parar é morrer... certo é que ela se movia e alguma certeza tinha porque não parava, tão lenta quanto se possa imaginar... o mar imenso oferecia-nos a ambas o espectáculo sublime da sua comovente imensidão... ela, a velha senhora, oferecia-me uma lição de vida!
Recolhi-me ao silêncio, dentro do quarto e pensei... assim se gozam as férias na Zambujeira do Mar!
Nota: marezia será com S, mas a mim se assim fôr já não me cheira a mar!

domingo, abril 18

Afinal quem manda???

Caos nos aeroportos... a natureza a dar-nos mostra da sua supremacia.
Para quem ainda duvida é a surpresa, quase indignação.
Ainda assim, a "importância relativa" de quem vê os seus planos abortados a querer bater o pé...
"... "eles" têm de me resolver o problema... só sei que amanhã temos de estar de regresso..."
Gosto, gosto quando, assim mesmo, sem mortos nem feridos, somos empurrados para a nossa insignificância e pequenez, quando todos os nossos planos e reevindicações são reduzidos a pó de traque!
Só tenho pena que o grande destaque das notícias se vire sistematicamente para os transtornos que se verificam como consequência de acontecimentos a que, infelizmente não se vão acrescentando dados e imagens, porque a tal nuvem só está é a dar dores de cabeça aos europeus e aprendermos um pouco sobre o que se está a passar não interessa mesmo a ninguém, ao que parece!

sexta-feira, fevereiro 19

Mais valia estares caladinha, ouvistes???

Sou daquelas que se gaba de ter aprendido a escrever quando o erro era um erro.
Gabo-me de naquele tempo a quarta classe dar direito, mesmo, a aprender a escrever português.
Hoje andei aqui pelo meu migalhas a recolher textos, aleatoriamente, não gostaria que se perdessem, alguns lembro-me de que gostei imenso de os reler, mas hoje nem era o caso. Copiei-os a granel, tudo ao monte para uma pastinha, não reli um que fosse.. Tive de os passar pelo Word, pareceu-me a melhor forma de o fazer.
UI, UI.
As palavras sublinhadas a vermelho eram bem mais numerosas do que eu imaginava.
Tanto, mas tanto erro que tenho dado por aqui, até dói, cheguei a sentir vergonha … não por mim, que não sou nada dada a vergonhas, mas por quem acredita que eu escrevo menos mal…
Palavras inventadas são às mãos cheias, mas essas são minhas filhas, e dos filhos gostamos sempre, nem que sejam uns abortos;
advérbios de modo insisto em pôr-lhes acento, talvez para que não restem dúvidas; papar letrinhas ou repetir sílabas é até fartar, deve ser do alzeimer;
os ssss gosto dos levar a zzzz;
iiii e eeee vai tudo dar no mesmo, vai como sair:
descansar faço-o sempre com uma cedilha debaixo, assim: descançar, vá-se lá saber porquê;
até com cidadões por aqui me cruzei…
cruzes canhoto que dar erros nem é pecado… o busílis está na presunção com que eu me arrumava do lado dos que “até nem dão muitos erros”.
Afinal são tudo promenores, que também assim tive o desplante de escrever, mas o que realmente interessa é organizar a ideia, dar força ao pensamento, expressar o sentimento, partilhar a emoção, sei lá eu, alimentar-me mais tarde destas migalhas que por aqui deixo agora, para as reler, reconhecer-me e encontrar-me quando ando mais perdida.
PS quanto ao Fernando Nobre… que conte comigo, como é óbvio… é que eu já vou contando com ele!

domingo, janeiro 3

ping, ping, ping...

Hoje convinha-me um radioso e longo dia de sol, daqueles que convidam a sairmos de nós, os olhos postos na natureza, coração aberto, esperança bebida no cântico dos pássaros!
Mas não... um longo dia dos mais longos dias curtos de Inverno, em que a chuva parece mais molhada e insistente, o cinzento do céu mais abrangente, escurecendo-nos por dentro, invadindo-nos as entranhas com as suas humidades , o vento forte vai varrendo qualquer ideia mais leve que se tente instalar... o ar denso e pesado a cansar os ombros e a alma.
Pode ser que o mundo à minha volta esteja ainda mais triste, pobre ou infeliz do que eu e este meu sentir caprichoso... mas esta saudade de me deitar na relva seca, pedindo a uma árvore que me abrigue na sua sombra para que goze melhor ainda os raios quentinhos do sol torna-se obsessiva num dia como um dos mais longos curto dia de Inverno!
Gosto das estações do ano... de todas... mesmo quando trazem nos seus dias extremos e excessos que lhes sejam próprios, levando-me a esquecer como elas passam por nós voando e outros dias, com diferentes caminhos para o meu sentir se vão substituindo, uns atrás de outros, deixando marcas profundas... ou nem tanto... no meu humor!


Quem me dera o sol por dentro, sentir o apelo da natureza, contar-lhe de mim e vê-la alheia a coisas miúdas, migalhas dos meus caprichos, persistindo na renovação, indicando-me o caminho.
Tem dias em que até as sementes bem guardadas no fundo de mim se enchem de mofo e tristeza, parece-lhes que nunca mais vai chegar o dia de irem a fruto, a flôr, e é nesses tristes dias curtos de sol e longos de escuridão que eu fecho os olhos para sonhar que estou na areia, na relva, no chão... e sinto aquele calorzinho que me dá a vida, a aquecer-me , por dentro, por fora, até que o dentro e o fora são UM só e aí lembro-me... pois se isto é assim todos os anos... ainda não te habituaste?... e como dizes tu que gostas das estações do ano se o pingo do inverno te deixa sem cor e com os excessos do Verão te derretes?

Não era este o post com que gostaria de interromper um interregno que já vai longo, não sei se já deu para repararem, é que está mesmo de chuva, é INVERNO a doer... mas do mal o menos... o Natal já lá vai e um Ano Novo bom para todos nós é o que peço à chuva, ao frio e ao vento!

segunda-feira, novembro 9

...nem cobertas de chocolate...

É um comportamento novo, quanto a isso penso não me restarem dúvidas
Já lá vai o tempo em que tínhamos classes confiáveis na nossa sociedade, pelo menos era isso que julgava o comum dos cidadãos... um padre, uma professora primária, um Dótôre, um agente da autoridade, por exemplo, tinham como garantido que a sua palavra pesava no prato da balança mais do que as juras de quem com ele quisesse medir forças, ou veracidades...
Desses impolutos, os primeiros a cair foram os políticos, agora tão transversalmente desacreditados... os professores também passaram de intocáveis ao descrédito debochado, os padres, enfim, temos de tudo... de pedófilos até traficantes de armas, é o que se queira...
Agora são os médicos e as organizações que "dirigem". É o descrédito absoluto e ostensivo pelas suas directivas... e a prova disso está na falta de receptividade com que a vacina da gripe mais famosa dos últimos tempos foi recebida... os grupos de risco foram encolhendo, encolhendo, os grupos prioritários reduziram-se evaporaram-se e, eis senão quando, a generosidade dos nossos governantes deu em querer vacinar pura e simplesmente quem se chegar à frente. É hilariante... nem com toda a propaganda, o marketing... "ah, e tal, não chega para todos, primeiro os prioritários"... cartas para os utentes priviligiados... pensavam eles que íamos andar todos numa de também quero... hi, hi, hi, enganaram-se bem... por uma vez fomos "nós" que os enganámos... parece que as cabeças começaram a pensar... cada uma por si... com todas as desconfianças e cautelas que o passado recomendava... e finalmente, os senhores do poder, os que detêm os laboratórios, a informação e o resto, pode ser que fiquem com um stock de vacinas encalhado... de que se lembrem no futuro...é que, se a maltinha lhe dá para começar a pensar o seu reinado tem os dias contados... nada muda, ou pouco muda, mas a certeza de, saber e poder, controlar, extorquir quem anda mal informado e, por fragilidades, se deixa conduzir, já deixou de ser "favas contadas"... as vacinas eram dinheiro em caixa... agora são caixas e caixas, aos milhares, a serem distribuidas, oferecidas, impingidas por quem espera lucros, a quem lhes vira as costas, porque pura e simplesmente está farto de ser enganado, explorado, chulado, manipulado, e quer um basta neste rega bofe onde tudo se faz às claras, com o conluio de quem nos devia defender e a participação de quem não impõe limites à sua ganância!
PS o mais certo é arranjarem maneira de escoar as ditas vacinas, nem que seja em pastelinhos de bacalhau... ou de massa tenra...

terça-feira, novembro 3

o abismo

Abrir as asas
olhar para cima,
atirar o corpo pesado à leveza do ar
planar,
asas abertas,

em baixo o abismo

...o olhar... para cima!

o que me faz feliz

o que me faz feliz
o meu mundo ao contrário

O meu Farol

O meu Farol

A bela foto

A bela foto
o descanço dos meus olhos

A minha cama na relva

A minha cama na relva

O meu Algarve

O meu Algarve

...enquanto uns trabalham...

...enquanto uns trabalham...