Esta é a aquela época do ano em que todos atiramos para a balança da nossa praça "pública", pelo menos do nosso circulo familiar e social , as varadíssimas considerações sobre Natal e Fim de Ano... porque gosto mais de uma comemoração do que de outra,... uma entendo e outra nem tanto,... uma é da família, a outra dos amigos,... enfim, assim como como as estações do ano este é um tema inesgotável!
A simbologia e o carácter pessoal com que sentimos e vivemos estes eventos, carregados de memórias, evoluiram connosco através do nosso percurso, das nossas histórias de Natal , e encaramos em 2007 o resultado das experiências acumuladas das anteriores consoadas!
Mais do que as diferentes culturas, mais a sua indiferença ou os seus respectivos festejos, a mim importa-me avaliar o percurso pessoal, e a respectiva digestão do mesmo; o que eu gosto mesmo é de tentar entender, em cada caso das pessoas com quem falo, o peso ou importância que o Natal representa para cada uma delas; quanto a mim, Natal é, em primeiro lugar e antes de tudo o resto, uma palavra que traz em si um album de recordações e não se pode generalizar juízos! A carga de sentimento, como todo o sentir, a cada um diz respeito, é pessoal, subjectiva e nem sempre as palavras que usamos lhe dão o verdadeiro sentido!
Tudo o que contribuiu para esse ponto de situação, (a religião, as culturas diversas), pode ser também pensado e estudado mas , como dizia, é o momento de cada Natal, para cada um de nós que me leva a revisitar outros passados e memórias para além do meu.
Egoísmo e consumismo não precisam de Natal para chocar os mais sensíveis! Novo riquismo e exageros são males desta sociedade de merda que usa qualquer pretexto para se exibir. Pobres e ricos, sós ou acompanhados, solidários ou egoístas, frutos em diferentes estados de maturação em que tropeçamos todos e dias.
Hoje para mim o Natal é um pretexto para encontros e atenções que se podem ter todos os dias, é certo, mas as minhas recordações doutros Natais levam-me a desejar, família, aconchego, sonhos e rabanadas, boa vontade, sorrisos doces e fraternos, sem grandes logísticas, de forma muito caseira, o encontro entre seres da mesma espécie que se reunem e comemoram os laços que os unem em paz e harmonia!
São tão raros os momentos de que dispomos com este tipo de motivação que só por isso eu diria: vale a pena o Natal!