segunda-feira, janeiro 28

O Direito ao sonho

Fala-se muito dos deveres e dos direitos... do Homem, da mulher , do trabalhador, da criança, dos animais... defendem-se os adquiridos, discute-se, reivindica-se...


Estava para aqui eu a pensar no sonho e no direito à utopia!


Em nome dessa capacidade de recriar a realidade, de reinventar o mundo, de acreditar no movimento como se fora uma mudança no sentido positivo; o direito a olhar à minha volta, os outros, as notícias, demorando o olhar sobre o que me anima e passando-o a correr sobre o que me desola e indigna!


Andar informada não é deixar que o negativismo se instale; que os meus semelhantes, na sua grande maioria, são verdadeiras bestas, já eu sei!


Custa-me mais a aceitar quando a bestialidade vem das elites, das classes favorecidas, do que quando se é besta porque se está bem mais perto do mundo animal do que se devia... sem afecto, higiene, alimentação, roupas e tudo a que devíamos ter direito acabamos todos muito mais parecidos uns com os outros e muito mais "bichos"; é fácil ser-se educado e bom rapaz (ou rapariga) quando " mãe mandou o choffeur ao ballet buscar a menina que chegou a casa limpa, caiu no abraço cheiroso duma mãe disponível, que mandou a criada que é amorosa preparar uma refeição leve e coiso e tal... assim é fácil!


Agora quando o regresso se faz de bota rota, com um fardo às costas, barranco a cima, barranco a baixo, é noite, está frio e as cabras à espera de serem recolhidas ao palheiro... magro será o jantar, nulos serão a atenção, o mimo, o afecto! Já não será tão fácil encaixar provocações dos colegas, sarcasmos da professora e exigências que tornam a pena mais pesada, os outros inimigos e o mundo um lugar inóspito!


Isto para já não falar de situações extremas capazes de nos tirarem o sono ... e o sonho...


Acredito no Homem, quando lhe sejam criadas as condições para ser gente;


Acredito que todos deveriamos e poderiamos viver nas condições mínimas exigíveis para que a vida possa ser levada com dignidade;


Acredito que é a insana distribuição de bens que provoca este mundo louco em que cegos egoístas acumulam muito para lá do que precisam e do que alguma vez conseguirão consumir e gastar, ainda que vivam entre luxos e luxúrias, enquanto a fome, daquela que incha o abdómen e mata nos primeiros anos de vida, se instalou e devora com as suas garras famintas, como se de normalidade se tratasse, gentes de olhar vagamente perdido no nada há sua volta, nascidos órfãos de qualquer esperança, vivendo para lá das nossas fronteiras, cuja visão nos chega em curtas e suaves notícias de tempos a tempos... não vá o sono fugir-nos!


Acredito depender da vontade de alguns, que detêm sem escrúpulos mais do que lhes é devido, vejo os sinais da mudança em movimentos discretos e subtis; a sociedade em que vivemos já deu provas da sua insustentabilidade; agora que está tão podre e careca, que deixámos de acreditar nos partidos e em quem nos governa, eu dou-me o direito de sonhar... sonhar com sociedades mais justas e humanas, crianças mais alegres e saudáveis...
...e para quem acredita noutras verdades, aqui fica dito que, aquilo que não vejo não será por cegueira ou ingenuidade... outro sim por achar que o mau atrái o mau, que quando olhamos o mundo de modo apático e céptico outros vão tomando vantagem e fazendo o seu jogo! A mim"basta-me" viver longe da máquina que tritura os dias das pessoas enleando-as em teias de compromissos inúteis que só se estabeleceram para que a máquina nos continue a devorar... e o ciclo nunca páre...
Porque eu acredito que o meu dia de hoje vai valer a pena, vai correr bem, vou contribuir para que tudo e todos à minha volta possam sentir-se bem; úteis e alegres; vou ajudar a formar cidadãos conscientes e atentos, naquilo que de mim depender, vou influenciar o mundo fazendo a minha revolução caseira e dar graças por ter conseguido construir uma existência à margem (em certa medida) do sistema que nos consome os dias!!!

quinta-feira, janeiro 24

Já perdi aquela grande excitação inicial, em que todos os tempos mortos eram passados a espreitar ou a teclar de blogue em blogue!
Cheguei a recear ter um vício instalado... nos piores momentos acreditei que este novo prazer todos os outros ia destronar e atirar para o esquecimento, tal foi a força com que me bateu a novidade!
O migalhas chegou como um animal de estimação e veio ocupar um espacinho muito acolhedor, um vazio expectante que eu tentava ocupar com umas cartitas avulsas e uns textos peregrinos escritos sempre que as ideias dentro de mim levedavam e era indispensável dar-lhes forma!
Poder organizar uma ideia, um pensamento, procurar a transparência, a palavra, a imagem, receber o feed back... ler os comentários e perceber que existem múltiplas leituras da realidade e que não é por nos explicarmos que pomos os outros perante a nossa verdade! Já não sei viver sem isto! Agora, com menos ansiedade, venho viajar por este planeta sempre, e só, quando me apetece... fico contente que não me apeteça a toda a hora, como já me aconteceu antes!
As palavras são peças de um veículo que é a comunicação; cada palavra, cada frase, tem em nós uma história, um passado muito próprio que, por mais que nos esforcemos, não é comunicável e pode ajudar-nos a percorrer um mesmo trilho de entendimento ou projectar-nos para equivocos, preconceitos ou susceptibilidades que , muitas vezes, nem nós conseguimos deslindar!
Adoro blogar e tem dias em que me sinto uma verdadeira "blogueuse"... a falta de assunto ou imaginação não são para mim bitola, desde que, quando o faça, lhe reconheça qualidade... a qualidade de me entregar sem mentiras nem pretensões; assim penso, assim sinto, não tenho rédeas ao pensamento nem medo de expôr a minha interioridade para lá de mim!
Esta diversidade de intenções nos blogues também me é grata: uns usam o seu espaço para a indignação, outros para a poesia, muitos como diário de bordo, alguns para achincalhar, e tanto tanto mais porque se há coisa que aqui não falta é liberdade de escolha e nada nos obriga a representar aquilo que não somos!
Poderá ser um espaço de verdade para quem saiba o que isso é... de encontro, de tertúlia, criatividade... político, corrosivo, anedótico, inteligente, de massas ou para massas, para se ler, para se comentar, espreitar e fugir, entrar e ficar!

quinta-feira, janeiro 17

Pensamento, filho de outros pensamentos

Recebi no mesmo dia duas mensagens, um comentário aqui no blogue e um sms no meu telemóvel, que me deixaram emocionada e confortada ao mesmo tempo!
A minha falsa modéstia especou imobilizada por um momento, sem saber muito bem o que fazer!

Tenho plena consciência de que sou um ser em evolução, em permanente aprendizagem, e sempre, sempre, em fase experimental! Com tudo o que isto representa em avanços e recuos sou um ser imperfeito, com tanto de arrogante como de humilde! Sou teimosa, mas sei aceitar uma crítica bem feita; reconheço com facilidade as minhas falhas e considero-me hoje um ser humano mais humano do que ontem!

Dou por mim mergulhada em pensamentos... o que me leva a ver o mundo à minha volta com alguma clareza, porque será que percebo os outros para lá das palavras que ficam por dizer, como é que acontece eu ajudar colegas e amigos a um maior entendimento de si e do mundo em que vivem?
Nunca soube definir a forma tortuosa e demasiado sensível com que lido com o mundo! A vida levou-me, muito mais do que se possa imaginar, a questionar-me até à exaustão... duvidei de tudo, tudo pus em causa; fiz por encontrar dentro de mim, todas as respostas para o falhanço de uma relação de 25 anos que me pôs anos a fio em causa! Posso dizer que me "passei a pente fino" em frente a um espelho que apenas refectia a minha solidão! Só eu para me estruturar... reconstruir a cada desconstrução! Imensas vezes parti de um zero, do fundo de um buraco negro, carregada de desespero por não entender em que parte era eu responsável pelo meu sofrimento ou dos outros... a culpa estava sempre por ali, como sombra de uma relação desiquilibrada, feita de batalhas psicológicas e intelectuais que, em regra, acabavam mal!

Não me atrevo a dizer que foi bom, mas posso reconhecer a lucidez e o auto conhecimento que desenvolvi! A lucidez a transparência são a semente de um amargo fruto que traguei entre soluços e desesperos!
Este meu blogue, ao contrário do outro espelho negro em que me tentei reflectir, anos a fio, este devolve-me uma imagem brilhante e luminosa... gosto de estacionar perto dele, mergulhar nas suas palavras, nos seus pensamentros e ideias... apercebo-me de que não foi em vão, debaixo do caos criei uma inês à minha medida, entendo-a nas entrelinhas, aprecio-lhe a clareza e a sensibilidade... eu diria que que não existe quem eu melhor entenda!
Só eu sei o prazer que sinto quando alguém fora de mim vem dizer que me reconhece esse amadurecimento e essa sensibilidade... uma porque me lê... a outra porque todos os dias me vê e sabe que pode contar com a minha lealdade (sou leal com os meus semelhantes, mesmo quando sei que isso possa ser tomado por ingenuidade, é que em consciência não poderia ser de outra maneira), quero que à minha volta, quando o humor me permite, se possa sentir o efeito da boa vontade, e elejo a MENTIRA como o vício que mais nos rouba a liberdade!
Sou pelos jogos, mas limpos! Sou pela verdade, pelo amor, pela paciência, tudo isto quero para mim e para os outros! Estamos a crescer, na parte, cada um de nós, e no todo, a própria humanidade, e todos devemos contribuir para essa finalidade!
Bom fim de semana a todos os homens e mulheres de boa vontade e também aos outros

sexta-feira, janeiro 11

Dentro da minha cabeça

Acredito no destino, mas quem desbrava os caminhos e define a rota sou eu!
Não me sinto um peão de um qualquer xadrez, mas sim a rainha do tabuleiro;
Faço as minhas jogadas ,corro os meus riscos, sair a perder das partidas é sempre uma lição... a ganhar é uma questão de sorte ou ficamos com a ideia de que já conhecemos o terreno que pisamos!
Por vezes sinto que estou a colher da vida os proveitos com que sonhei... não que tenha uma vida extraordinária mas é a que escolhi, e conquistei , sempre com lutas de que resultaram perdas e ganhos mas que, em jeito de balanço, acaba por ser tudo ganho!
À luz dos meus padrões sou privilegiada, bafejada pela sorte, a excepção à regra, pois o que me chega de outros é a sensação de que andam a perder... e a sofrer... é pouco comum ouvir as pessoas dizerem que atingiram os ojecttivos que tinham para a sua vida ... ou então que usufruem com prazer a vida que lhes coube em sorte, ou em conquista.
Claro que este positivismo tem a outra face da moeda...
Viver no campo é de meu gosto, mas tive de abdicar de muitas comodidades e apoios... não são todas as mulheres que preferem lavar a loiça todo um ano ao relento, tendo como máquina de lavar dois baldinhos, recebendo como paga um cenário de natureza; assim recomecei, sem queixas, sempre sabendo que fazia uma de entre outras opções; deixei para trás as que me davam conforto e suporte familiar à mão de semear! Optei por satisfazer esta urgência de acordar de manhã a ouvir as galinhas, troquei o conforto da alcatifa pelas botas de chuva, enlameadas mas capazes de pisar o trilho que quero para a minha vida!
Quando penso em cidades e em quem lá vive sinto um pesar, um luto, como se devesse prestar os meus pêsames a quem por lá vive... mas não temos todos a possibilidade de fazer escolhas? Pelo menos, regra geral, deveríamos ter; talvez esta sensação de morte que a cidade me provoca, cobrindo-me a alma e o olhar de cinzento, talvez, dizia eu, não passe tudo de uma desconstrução do meu olhar do meu sentir.
É possivel viver em paz desde que dentro de nós consigamos encontrar o equilíbrio... será uma limitação minha, um trauma ou mania mas, se me atirassem para Lisboa e dissessem que era ali que iria passar o resto dos meus dias, acredito que o sofrimento não se prolongaria por muito... a minha aura ia certamente ficar a preto e branco, o meu olhar não encontraria as cores onde descansar a vista e aos poucos o Inverno instalava-se dentro dos meus ossos e eu não saberia afastar de mim o frio senão quando o calor da terra me recebesse e cobrisse confortando-me com o seu cheiro e a sua vida!

quinta-feira, janeiro 10

O tempo parado - 2º olhar

Quando cheguei ao Monte estava tudo aparentemente na mesma, parado, numa quietude quase comovente ( talvez pelo contraste com a vida que os homens vivem, debaixo de todos os tempos), e reparei que, quando escrevera o texto que antecede este, sentada em frente ao monitor, não conseguira ver, em toda a sua plenitude, o verdadeiro quadro de um tempo assim parado, faltaram-me as pinceladas que lhe dão o toque mais realista... o cheiro e o som que completam esta criação!!!
A terra húmida que se expande em aromas ancestrais, para lá de nós e de tudo, um cheiro a morte e a vida que nos lembra o imparável ciclo, um cheiro que mesmo de olhos fechados nos descreve o cenário numa paleta sempre renovada; e som, muito e variado... os pássaros festejam esta acalmia num chilrear despreocupado de quem arruma a casa para nela instalar um novo ninho e apruma as penas para a próxima conquista! O ladrar de um cão só porque diz que é assim que ele fala, au au, está aí alguém? O cacarejar duma galinha já velha que fugiu à canja e agora insiste em cantar, na ilusão que cria de que vai sair ovo, engana-se a ela que já passou a idade dessas habilidades; o gato que lânguido se espreguiça, soltando um fino miau de quem nesta vida nada mais lhe é pedido do que este deixa andar... uma voz humana que para lá do que se vê, chama alguém, um nome que se perde na distância, um chamar, sem pressas, sem aflições;
Todos os sons se tornam claros e transparentes parecendo que não existem barreiras entre mim e eles; chega-me de muito longe o barulho de um comboio... "pouca terra" e já lá vai , sem mais... que eles agora nem dão tempo para bisar o "pouca terra", na pressa que têm de encurtar lonjuras! Ainda de mais distante o barulho do mar percorre a distância que nos separa, oferecendo-me aos sentidos cada onda que se desmancha na areia, num marulhar que se repete sempre, onda após onda, num ritmo que me apazigua e surpreende, tantas ondas todas diferentes, numa repetição contínua que nunca se repete, outra e mais outra, até mais não....
Foram estes os presentes que o tempo parado tinha para mim, ontem quando regressei a casa e, não quis deixar de vir completar um cenário que de outra forma estava , além de parado, um pouco coxo!
Hoje o tempo continua parado mas já se distingue a vontade de um azul por entre nuvens... um raio de sol a iluminar alguma mais negra nuvem... agora, a qualquer momento, tudo pode acontecer... ou nada vai acontecer... o tempo é assim, faz o que bem entende, quando e como quer... e nós... é melhor que tudo saibamos bem receber... do sêco ao molhado... do quente ao frio, tudo faz parte, e é bem vindo... é a certeza de que ainda por cá andamos!
Um Bom dia para todos nós

quarta-feira, janeiro 9

Nem sol nem chuva, nada...

Gosto dos dias assim; o ar carregado de humidade, embrulhado num suave cinzento que parece deixar a natureza suspensa em promessa de chuva, sempre adiada por um tímido clarear do céu de tempos em tempos;
Em dias assim gosto de pensar que a Natureza também precisa dos seus dias de repouso... o tempo parece parado, sem destino... como se não conseguisse decidir se abre uma nesga para o Sol passar , varre tudo numa imensa fúria, ou desaba em prantos imensos, rasgando o céu com efeitos de luz e som de arrepiar os mais medrosos.
Nós, suspensos neste impasse legítimo em que o tempo descansa dos excessos, num silêncio cúmplice aguardamos também o desenlace, como se dele dependesse o desenrolar dos nossos dias, os trilhos que calcorreamos, a direcção do nosso humor...
Gosto dos dias assim, em que nada se move e a natureza respira adormecida sem querer saber que rumo leva!
É em dias assim que todo o desequilíbrio parece desafinar e destoar duma harmonia quieta, em que só a contemplação parece a verdadeira resposta! Nem sol arrasador, nem frio de rachar, só assim... o tempo parado!
Gosto de, em dias assim, parar... suspensa... sem pensamentos nem acções, só a saborear esta existência que, apesar de tudo, nos vai ainda proporcionando momentos de beleza dignos de um minuto de silêncio!... ou mais, quem sabe...
Não me lembro já, mas deve ter sido num dia assim que cheguei a este mundo, fui bem recebida e agora quando o tempo pára sinto-me em casa!

terça-feira, janeiro 8

Dói-me tudo, por dentro e por fora

The day after - Prós e contras
Decididamente o nosso ministro da saúde desconhece a realidade em que vive e as consequências que as suas medidas acarretaram para o agravamento do já decrépito, caótico e insuficiente serviço nacional de saúde mais as suas malfadadas urgências!
Só aguentei tanta conversa de gabinete, ilustradas pelas habituais percentagens, gráficos e estatísticas comparativas até ao segundo intervalo!
De tudo o que é a minha verdade sobre o tema, só a abordagem do autarca de Alcoutim, também a exercer a sua profissão de médico no Hospital de Faro, com passagem semanal pelas urgências do mesmo, dizia eu que foi apenas este senhor que se aproximou com simplicidade da realidade atroz e incontornável: este serviço está caótico, NÃO SE CONSEGUE ANDAR NOS CORREDORES ONDE AS MACAS ACOLHEM DOENTES POR TEMPOS INDETERMINADOS!" Ele disse-o... e até o repetiu, mas com uma indignação tão sóbria que razava o silêncio! Mas eu e grande maioria dos portugueses que não olham o mundo através dos seus gabinetes mas sim no dia a dia, no contacto com a realidade, conhecemos estórias de tirar o sono a qualquer um... a sogra de uma colega está, hoje e agora, a passar o seu quinto dia no corredor do dito "Banco" depois de ter tido um AVC. Na primeira noite terá caído da cama e abriu a testa, tem um grande penso que esconde, não se sabe se pontos ou quê... a mãe doutra colega "estacionou" no dito corredor durante 3 semanas! As macas há-as altas e baixas... não consigo imaginar o que será estar horas dias semanas ao nível do chão num serviço de urgências!!! Os bombeiros não conseguem recuperar facilmente as macas em que transportaram os doentes até áquela unidade hospitalar.
Se não fosse um verdadeiro drama já me tinha jogado aqui para o chão a rebolar de riso... mas não tem mesmo qualquer piada e chego a pensar que se eu, ou quem de mim dependa, tiver que por lá passar nem me imagino a lidar com esta crueldade que os nossos governantes têm a lata de continuar a ignorar!!!
No debate estava um médico que está nos poleiros do INEM, não sei se por mérito ou outra razão, da boca dele escutei a melhor anedota da noite , à laia de gafe disse ele algo de muito parecido com isto: " Sim, porque não pensem os portugueses que vamos conseguir instalar um serviço de urgências à porta do CONDOMÍNIO de cada um deles!"
Pois se calhar o problema é mesmo esse, pensam eles que nós estamos à espera do médico no condomínio mas não é bem isso... nós só reivindicamos a dignidade e eficência exigíveis na gestão de aspectos tão sensíveis como a saúde!!!
É que, por estranho que lhes pareça, nós não temos disponibilidade financeira para mudar quando os serviços não têm a qualidade MÍNIMA que se lhes é exigida!
Já as seguradoras arreganham o dente de gozo, quanto pior melhor, e nós cá vamos iludindo o azar, esperando que a nossa vez não chegue nunca, e que venha alguém apelar à moralidade... ou, quem sabe, à revolução!!!
PS ah... e... curioso... deu-lhe ali (ao dito ministro), pelo menos 2 manifestos ataques de decência... ou birras de autoritarismo desusado, cheios de não lhe admito, ouviu??? num tom que já nem o mais autoritário dos professores usa para com os seus indisciplinados alunos, porque não é assim que se ganha respeito nem credibilidade!!! Lamentável... há quem acredite lá por casa que o deixaram (ou mandaram) para o debate para o "dar à morte"... vamos ver, estou naquela de que em nada já acredito... o que vai desembocar no contrário: já acredito em tudo!!!
É caso para dizer, amigos... HAJA SAÚDE!!!

sexta-feira, janeiro 4

MISSYOU

Saboreio o regresso por nada me ser cobrado
Esta teia de encontros virtuais ampara-nos os contactos que por aqui estabelecemos sem que a nossa ausência se note... entramos e saímos dos blogues ao ritmo que a vida vai sendo servida, como nos convém, sem obrigações nem culpas! Vou ali e já volto mas sei que os blogues que espreito, quando por aqui me passeio, vão continuar a ter visitas e comentários, o que para mim é reconfortante!
Depois é o regresso, tão suave e progressivo que dá gosto!
Sempre fui assim nos meus gostos e hábitos, intensa ou ausente, tudo ou nada!
Tenho fases em que o migalhas está todo o dia presente... depois, como uma maré que não pára de vazar, vai criando distância até que o perco mesmo de vista!
Mas agora é já a saudade que por mim chama e nem posso esperar por ir "à da Marta, da Luna, à rapariga dos postais, ao único que frequento que me faz corar: "a cadela" que desaconselho a menores de 30, ou mesmo aos mais sensíveis ", e a todos os outros que me fazem pensar, rir e sentir que não estou só nos meus ideais, quando sonho, me desespero, angustio ou congratulo, quando me revolto, enfim, sempre que voo ou me afundo, aqui encontro um espelho, uma crítica, uma alternativa...
O que eu quero mesmo registar é que este combíbio é um alimento fundamental na minha existência e que é bom surpreender-me tantas e tantas vezes com aquela essência menos material, tão sensível e inteligente que habita muitos dos passageiros desta viagem em que embarquei! Obrigado por existirem!
Para todos nós um ano de continuidade e evolução, com tudo o que se queira pedir... para mim mais do mesmo que já ando satisfeita!!!

o que me faz feliz

o que me faz feliz
o meu mundo ao contrário

O meu Farol

O meu Farol

A bela foto

A bela foto
o descanço dos meus olhos

A minha cama na relva

A minha cama na relva

O meu Algarve

O meu Algarve

...enquanto uns trabalham...

...enquanto uns trabalham...