quarta-feira, outubro 7

... coisas, que se pensam

Os anos passam, a vida ensina, castiga, recompensa, surpreende…
Com o decorrer dos anos acumulamos conhecimentos, saberes, e, espera-se que qualidades também!
Todavia, quanto mais crescemos interiormente maior é a noção de quão pequenos e ignorantes somos…
Se em termos cósmicos não chegamos a uma migalha, nem por isso devemos desistir de ser verdadeiramente importantes na nossa vida, através dos afectos e laços que estabelecemos!
Nessa missão de tão bem querer e tanto cuidar, percorremos caminhos de generosidade e entrega em que o pequeno se faz grande!
É tão gratificante sentirmos o retorno do amor que sentimos pelos filhos, irmãos e amigos, nas intenções, atenções e mimos que nos dedicam! Somos especiais e únicos nas suas vidas! E eles são os nossos maiores tesouros!
É tão carregado de enorme ternura o sentimento que cresce dentro de nós face à dedicação que nos têm os animais que connosco privam de perto! Com que doçura nos olha o nosso cão, num silêncio respeitador, sempre que suspeita que não estamos bem… e com que alegria eufórica nos recebe quando chegamos felizes a casa… parecendo sempre disposto a partilhar… o nosso mal ou/e o nosso bem… e sempre aquele olhar perscrutador e dócil, pronto para se entregar a um rápido afago ou a um sempre desejado momento de brincadeira… incondicional, inteiro!
Por outro ponto de vista , afinal que diferença faz mais ou menos um ser, no meio de tantos”mi” e “bi” e triliões???
Mais ou menos um dia de vida, na vida de alguém…. perante a imensidão dos tempos… que vale??? … Zero???…
Á escala planetária não temos peso e quase que nem existência… mas à escala dos afectos somos gigantes, únicos, insubstituíveis!
Somos o sol e os satélites na existência uns de os outros!
A cada dia, cada momento conta, único e irrepetível!
Um sorriso, uma ternura, uma palavra amiga… são esses os melhores presentes que podemos de alguém receber!
É à luz dos afectos que transbordamos de emoção, de amor, de luz!
São estas as referências que fazem os nossos dias pulsar, pular, avançar!
É essa a bitola que nos resgata ao anonimato, é a sintonia que nos pauta o caminho, a ajuda nas decisões, nas lutas, o apoio nas quedas… levantando-nos o ânimo sempre que numa ilha mergulhamos a nossa solitária identidade!
A verdadeira mola, o sentido mais profundo, a lupa que altera definitivamente a nossa pequenez!
Quando a “moeda de troca” é amor, então parece que o tempo nada levou,, e, assim, num olhar , num toque ou nas palavras tão rapidamente se reencontra quem nos é querido, como se o tempo não tivesse passado e a distância nunca tivesse existido!
A linguagem do amor sobrevive ao tempo e à distância!
No silêncio da saudade podemos ainda, por pensamentos, palavras não ditas, por recordações e memórias, manter bem vivo dentro de nós um altar para os que amamos e amaremos para lá do tempo, da distância!
A verdadeira mola, o sentido mais profundo, a lupa que altera definitivamente a nossa pequenez!
Como é grande, imensa e protectora para uma criança a sua mãe! Capaz de destruir monstros, ganhar batalhas, forte como um touro, resistente como o aço!
Como é protectora a sua presença “frágil”… à luz dos afectos aquela mulher, por amor, enfrentará os maiores desafios e fará de si uma heroína, se isso lhe for exigido pelas circunstâncias!
Sabemos que, assim como chegamos um dia partiremos sós.
Daqui, como bagagem, só os afectos e memórias levamos connosco.
Para lá do que conhecemos contamos que um criador omnipresente e omnipotente nos acolha na sua imensidão, nos una aos que já partiram antes!
Seja qual for a viagem que nos afasta dos que amamos sabemos que, dentro deles, temos um espaço só nosso, onde se arrumam todas as memórias, o arquivo de tudo o que nos demos!
Quando a “moeda de troca” é amor, então parece que o tempo nada levou,, e, assim, num olhar , num toque ou nas palavras tão rapidamente se reencontra quem nos é querido, como se o tempo não tivesse passado e a distância nunca tivesse existido!
A linguagem do amor sobrevive ao tempo e à distância!
No silêncio da saudade podemos ainda, por pensamentos, palavras não ditas, por recordações e memórias, manter bem vivo dentro de nós um altar para os que amamos e amaremos para lá do tempo, da distância!
Na presença dos que amamos, muito pode ficar por dizer, mas os laços que a eles nos unem saiem sempre reforçados, porque o amor se pronuncia e evidencia para lá das palavras ditas… o amor tem a sua linguagem própria e em gestos e olhares, até apenas pela presença do ser amado, fica todo o espaço pleno desse sentimento grande e vital, que nos dá energia, e pelo qual todos os dias sou grata!

4 comentários:

Cristina Paulo disse...

Querida Inês!! Antes de mais obrigada pelas tuas palavras no meu espaço! "Somos o sol e os satélites na existência uns de os outros!" Simplesmente linda esta tua partilha!!! Também eu agradeço todos os dias!!
Um beijo de luz

xistosa, josé torres disse...

... e quando a afeição ou ligação espiritual (para os crentes) aproxima e une.
É a partilha, como apanágio da proximidade, da intimidade, da vivência diária.
Já não penso que sou uma migalha, mas o pão todo, o centro, onde se situa o tal Sol, que irradia luz e calor e até carinho e simpatia.
O ser isolado não vibra, não vive, não sente, não partilha ... enfim, não sorri.

Desejo uma boa semana e um abração.

Sam disse...

Eu sou um ser isolado, mas não estou morto...e consigo sorrir!

maria teresa disse...

Pensou e pensou com AMOR.
Que lindo testemunho do modo como pensa...

o que me faz feliz

o que me faz feliz
o meu mundo ao contrário

O meu Farol

O meu Farol

A bela foto

A bela foto
o descanço dos meus olhos

A minha cama na relva

A minha cama na relva

O meu Algarve

O meu Algarve

...enquanto uns trabalham...

...enquanto uns trabalham...