Não há machado que corte
a raiz ao pensamento
não há morte para o vento
não há morte
se ao morrer um coração
morresse a luz que lhe é querida
sem razão seria a vida
sem razão
nada apaga a luz que vive
num amor num pensamento
porque é livre como o vento
porque é livre
Foi numa noite
Há 9 anos
8 comentários:
VIVA A LIBERDADE!
VIVA A REVOLUÇÂO!
VIVAM OS CRAVOS!
25 DE ABRIL SEMPRE!!
BEIJO LIBERTÁRIO!
Estava a espreitar ali ao lado, fico parva com o vosso ritmo alucinante aos saltos de blogue em blogue, estão em todas, sempre atentos e actualizados...isto são muitos anos de estrada!
lol nem por isso!! esta é a minha hora de rally blogs! LOl
um beijo grande amiga e obrigado pelas tuas palavras na CADELA.
tma um presente pa TI :
Trova do vento que passa
Pergunto ao vento que passa
Notícias do meu país
E o vento cala a desgraça
O vento nada me diz
O vento nada me diz
Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.
Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.
[Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.
Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.
Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.
E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.
Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.
Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).
Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.
E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.
Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.
E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.
Quatro folhas tem o trevo
liberdade quatro sílabas.
Não sabem ler é verdade
aqueles pra quem eu escrevo.]
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
Manuel Alegre
Caríssima
Apesar de muitos conhecerem a autoria destas palavras cantadas por Manuel Freire, seria de bom tom identificar o "grande poeta": Carlos Oliveira.
Abril valeu a pena! Abril vale a pena SEMPRE!!! É que não há mesmo machado que corte...
O teu ritmo em blogar tb não está nada mau! muitas ideias a fervilhar, muitas palavras para dizer sempre com sensibilidade, inteligência e humor!
bjs abrilentos da Guida
passei aqui so pra te deixar um beijão!
PLIM !
Vou aqui assumir uma grande gafe...estava absolutamente convencida que o grande poeta era o Zeca, mas depois ouvi a música dentro da minha memória e claro que não...santa ignorância...os meus agradecimentos ao vizinho asulado por esta valiosa informação!
Vir para aqui falar do que não se sabe, com franqueza!!!
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