terça-feira, abril 24

Um grande poeta

Não há machado que corte
a raiz ao pensamento
não há morte para o vento
não há morte

se ao morrer um coração
morresse a luz que lhe é querida
sem razão seria a vida
sem razão

nada apaga a luz que vive
num amor num pensamento
porque é livre como o vento
porque é livre

8 comentários:

SAM disse...

VIVA A LIBERDADE!
VIVA A REVOLUÇÂO!
VIVAM OS CRAVOS!
25 DE ABRIL SEMPRE!!
BEIJO LIBERTÁRIO!

inespimentel disse...

Estava a espreitar ali ao lado, fico parva com o vosso ritmo alucinante aos saltos de blogue em blogue, estão em todas, sempre atentos e actualizados...isto são muitos anos de estrada!

SAM disse...

lol nem por isso!! esta é a minha hora de rally blogs! LOl
um beijo grande amiga e obrigado pelas tuas palavras na CADELA.
tma um presente pa TI :
Trova do vento que passa



Pergunto ao vento que passa
Notícias do meu país
E o vento cala a desgraça
O vento nada me diz
O vento nada me diz




Pergunto aos rios que levam

tanto sonho à flor das águas

e os rios não me sossegam

levam sonhos deixam mágoas.





Levam sonhos deixam mágoas

ai rios do meu país

minha pátria à flor das águas

para onde vais? Ninguém diz.





[Se o verde trevo desfolhas

pede notícias e diz

ao trevo de quatro folhas

que morro por meu país.





Pergunto à gente que passa

por que vai de olhos no chão.

Silêncio -- é tudo o que tem

quem vive na servidão.





Vi florir os verdes ramos

direitos e ao céu voltados.

E a quem gosta de ter amos

vi sempre os ombros curvados.





E o vento não me diz nada

ninguém diz nada de novo.

Vi minha pátria pregada

nos braços em cruz do povo.





Vi minha pátria na margem

dos rios que vão pró mar

como quem ama a viagem

mas tem sempre de ficar.





Vi navios a partir

(minha pátria à flor das águas)

vi minha pátria florir

(verdes folhas verdes mágoas).





Há quem te queira ignorada

e fale pátria em teu nome.

Eu vi-te crucificada

nos braços negros da fome.





E o vento não me diz nada

só o silêncio persiste.

Vi minha pátria parada

à beira de um rio triste.





Ninguém diz nada de novo

se notícias vou pedindo

nas mãos vazias do povo

vi minha pátria florindo.





E a noite cresce por dentro

dos homens do meu país.

Peço notícias ao vento

e o vento nada me diz.





Quatro folhas tem o trevo

liberdade quatro sílabas.

Não sabem ler é verdade

aqueles pra quem eu escrevo.]





Mas há sempre uma candeia

dentro da própria desgraça

há sempre alguém que semeia

canções no vento que passa.





Mesmo na noite mais triste

em tempo de servidão

há sempre alguém que resiste

há sempre alguém que diz não.






Manuel Alegre

Asulado disse...

Caríssima
Apesar de muitos conhecerem a autoria destas palavras cantadas por Manuel Freire, seria de bom tom identificar o "grande poeta": Carlos Oliveira.

Anónimo disse...

Abril valeu a pena! Abril vale a pena SEMPRE!!! É que não há mesmo machado que corte...
O teu ritmo em blogar tb não está nada mau! muitas ideias a fervilhar, muitas palavras para dizer sempre com sensibilidade, inteligência e humor!
bjs abrilentos da Guida

SAM disse...

passei aqui so pra te deixar um beijão!

Anónimo disse...

PLIM !

inespimentel disse...

Vou aqui assumir uma grande gafe...estava absolutamente convencida que o grande poeta era o Zeca, mas depois ouvi a música dentro da minha memória e claro que não...santa ignorância...os meus agradecimentos ao vizinho asulado por esta valiosa informação!
Vir para aqui falar do que não se sabe, com franqueza!!!

o que me faz feliz

o que me faz feliz
o meu mundo ao contrário

O meu Farol

O meu Farol

A bela foto

A bela foto
o descanço dos meus olhos

A minha cama na relva

A minha cama na relva

O meu Algarve

O meu Algarve

...enquanto uns trabalham...

...enquanto uns trabalham...