segunda-feira, setembro 24

Dominante e Dominada???

Existe, em muita gente, a ideia de que as mulheres gostam de homens autoritários e dominadores!
Fico aqui a conversar com os meus botões e a tentar avaliar em que medida é que isso tem algum fundamento!
Assim, numa primeira abordagem, penso que se calhar confundimos firmeza e carácter com autoritarismo e prepotência! Aquela caricatura do macho que arrasta a SUA fêmea pelos cabelos para dentro da gruta fica mesmo melhor nos Filinstones... não acho que uma mulher saudável e equilibrada possa sentir que esse tipo de homem vem de encontro aos seus sonhos!
Já aquele homem que está ao nosso lado, capaz de tomar as rédeas do corcel, inspirando-nos confiança pela forma segura com que encara as turbulências do destino, um ombro forte, não de biceps, mas de equilíbrio e confiança em si, sem se abalar demasiado com os nossos abalos, aceitando o nosso obscuro e insondável mundo secreto sem por isso se sentir ciumento ou posto em causa... enfim pode ser que este homem seja o fruto de uma relação de confiança e lealdade, entre duas pessoas, mas será este o companheiro dos meus ideais!
Talvez esses jogos de dominante e dominado sofram alternância até se atingir um saudável e maduro equilíbrio... se à partida não julgarmos que o nosso papel, numa relação a dois, é estático e imutável ao longo dos tempos (e ao sabor das relações), consoante a experiência acumulada e BEM digerida, então não vamos entender os sinais de mudança, e não teremos a inteligência e criatividade para o fazer! Se pelo contrário soubermos aproveitar, generosamente, as vivências anteriores para nos tornarmos mais capazes para o AMOR, porque afinal é só disso que se trata, então atingimos o estado em que o ideal é ombro no ombro a apoiar, cedendo o palco e o protagonismo, sem pruridos, pois naquilo em que o outro está mais à vontade é ele que deve ter a mão, quando formos nós ao leme não nos sintamos superiores porque isso de superioridade não dá felicidade, não faz amigos, nem dá amor, é um beco sem saída!

4 comentários:

SAM disse...

Não há meios termos nessas coisas...eu tenho uma opinião polémica e muito pessoal em relação a esse assunto, e até preferia nem dá-la. Apenas quero dizer isto :
SÍNDROME DE ESTOCOLMO

e está tudo explicado!

inespimentel disse...

Sam acredito que, em situações limite, de total dependência, medo, etc, um gesto de ternura ou uma atenção possam ser tão vitais que todos os sentimentos e emoções que desencadeiam criem grande confusão.
Se tudo me for retirado, dignidade inclusivé, eu passo a ter comportamentos doentios, qualquer migalha é um banquete, uma não agressão é generosidade, tudo isto existe, é certo, agora eu não considero que seja normal, saudável; o que se espera duma relação madura de amor é que seja leal, equilibrada, divertida,e a distribuição de "papéis" possa ser flexível, admitindo lideranças pontuais, assumidas por conveniência mútua, não por imposição de quem se acha indiscutívelmente, superior!
Numa relação dessas, mais tarde ou mais cedo alguém vai ter uma surpresa... ou um susto!

Anónimo disse...

Pois é minha querida, e até sei quem te provocou este post.

ora, homem dominador, nunca por nunca, mas por outro lado, homem que só quer ser filho, também nuncA por nunca.

Quem me mandou a mim, a nós sermos tão complicadas.
Quero um homem de igual para igual, mas que saiba quando estou fragilizada e que consiga dominar o leme, mas que quando necessário mo passe para as mãos sem com isso se sentir perdido ou posto em causa.

Resumindo, o que disseste por outras palavras, mas a ideia igualzinha.

inespimentel disse...

É! Reconheço que, na generalidade, somos complexas e complicadas; ainda por cima difíceis de satisfazer, a todos os níveis!
Percebo muito bem a homosexualidade masculina... trazer uma mulher feliz e contente dá trabalho e nem sempre o sucesso é garantido! O resultado é que depois das más experências fica tudo escaldado!
Visto por um outro ponto de vista basta-nos somente uma palavra ou gesto de ternura; aquele olhar que nos atravessa e seduz ,esse sim que nos domina por dentro porque faz parte do mundo das emoções e dos sentimentos ( "aprivoiser",cativar, não sei se era assim que falava o "petit prince"! Ocuparmos, por amor, o "trono" na vida do outro, sermos a rainha daquele a quem dedicamos o nosso melhor,será que isto é pedir o céu ou é conquista deste lado da vida?

o que me faz feliz

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o meu mundo ao contrário

O meu Farol

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A bela foto

A bela foto
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A minha cama na relva

A minha cama na relva

O meu Algarve

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...enquanto uns trabalham...

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