quinta-feira, março 5

Ser alegremente triste

Temos diferentes maneiras de viver a alegria, e a tristeza, podendo por isso transmitir, a quem connosco convive, uma ideia distante daquilo que realmente nos vai dentro.
Entre nós, e dentro de nós, esses "estados" são geridos e digeridos, a cada circunstância, de formas diversas.
Ontem comentei que, alguns portugueses cujos blogues visitei, têm um humor surpreendente, talvez naquele momento o confundisse com alegria... uma chamada de atenção fez-me pensar...
Falo mais no meu exemplo, não porque seja o único que me importa, apenas porque tenho algum pudor em falar por outros, do que sentem, de como reagem, reconhecendo que os enganos são muitos quando tiramos ilações sobre coisas tão subtis como os estados de espírito, ou de humor!
A alegria e o humor não estão implícitos, o humor pode ser fruto de um sentido de observação crítico e acutilante, daqueles que deixa tudo à volta a ... ora ver "o português" a é um susto... não pode encher de alegria mas que dá umas piadas de rebolar no chão ,... dá, e de que maneira...parece ter em excesso o que não lhe faz falta e é pobre nas qualidades que o fariam avançar... estou a generalizar, óbvio...
-Tenho a sensação, quase certeza, que, se num local de trabalho, uma cara simpática e sorridente, mesmo que tola, esconder um profissional incompetente... a malta perdoa... já uma expressão séria, ainda que seja o cartão de visita de um funcionário solícito e irrepreensível, não tem perdão e está o caldo entornado! Tem os dias contados... não faltarão as rasteiras dos colegas, e, à primeira oportunidade, será substituído por quem melhor mostre os dentes em rasgado sorriso ... ainda que seja essa a única coisa que tem para dar!
Pagamos para que nos sorriam e tratem com solicitude, não valorizamos a competência.
Vivemos do porreirismo como sendo uma qualidade profissional, digo eu que trabalho numa escola.
Se não distribuirmos piadolas e carcarejos pelos corredores é difícil perceberem ou acreditarem que és feliz...
A alegria é, sem dúvida, um factor contagiante e uma mais valia, desde que não seja sinónimo de tolice...
O dono de um humor inteligente e dum sentido crítico condescendente sabe que está rodeado de seres muito limitados, aprender a rir-se disso é salutar, faz a catarse duma revolta que se poderia instalar no lugar do humor. Até pode rir, e nós com ele, mas isso não lhe dá felicidade!
Se for feliz será por outros motivos, não por conseguir transformar as desgraças em anedotas!
PS sei que nu não se escreve ... mas parece-me que fica muito nua, a palavra sem o acento... temos liberdade de expressão, por aqui...

3 comentários:

Sam disse...

Quando rimos todos riem contigo. Quando choras, choras só.
Levo a vida na tanga, dando tanga à vida, porque é isso que ela é: uma granda tanga.

beijo de tango.

inespimentel disse...

É Sam, a tendência é essa, mas talvez nós gostemos de partilhar as piadas e reservar os piores momentos para a intimidade, talvez não sejam os outros que fogem mas nós que os pompos a milhas!

inespimentel disse...

pomos

o que me faz feliz

o que me faz feliz
o meu mundo ao contrário

O meu Farol

O meu Farol

A bela foto

A bela foto
o descanço dos meus olhos

A minha cama na relva

A minha cama na relva

O meu Algarve

O meu Algarve

...enquanto uns trabalham...

...enquanto uns trabalham...