quarta-feira, maio 23

... continuo não será colado ao anterior mas o estado de "alma" mantém-se

...incentivamos a competividade nas nossas crianças e jovens, sabemos que só assim poderão aceder a profissões para as quais os sentimos capacitados, mas o mundo que se adivinha precisa mais do que de bons profissionais, com urgência, de bons humanos,!
Nas escolas os vastos programas não permitem o encaixe da formação pessoal e personalizada, que nem sempre os pais têm capacidade de dar; não há tempo, nem condições, para acudir aos casos de desiquilíbrio que se vão complicando e marginalizando, agudizando as diferenças, acentuando a falta de oportunidades! ... os casos de "bullyng", se é assim que se escreve, são cada vez mais frequentes, e com as abismais diferenças sociais que se vão desenhando é previsível que mais e mais os filhos que educamos para a não violência e o respeito pelos outros sejam atormentados por aqueles que invejam e odeiam os meninos e meninas de "família": não me surpreende, sinto por isto uma profunda tristeza e pergunto-me se uns nascem maus e violentos e outros não?... para mim é óbvio que a diferença não será, em grande percentagem,diferenças de personalidade, mas sim uma questão de condições de vida e de educação! E vai piorar!
Não será alheio a isto o caso de vilolência, aparentemente gratuita, de que foi vítima o miúdo dos "morangos", há dias , na discoteca Loft.
Arrepio-me de pensar que, enquanto em casa tudo fazemos, digo eu, para educar seres sensíveis preparados para controlar os impulsos menos sociais, do outro lado da barricada, formam-se gangues e mentes desvairadas, sem nada a perder, capazes de partir um copo com a intenção de desfigurar uma carinha laroca que, só por que passa, lhes provoca ódio, só porque tem um telemóvel xpto, cheira bem, tem uma namorada boa ou porque sim!!!
Veja-se ao que chegou o Rio, a solução não está, penso eu, nos condomínios fechados. Não sei mesmo onde está...
Pelo meu lado, prefiro não ter nada para ostentar, abrir os olhos às necessidades dos mais desfavorecidos, fazer o que posso para mudar o rumo inevitável de tanta injustiça... vejo cegueira de ambos os lados da barricada!
Não penso ter uma posição particularmente interessante, acho mesmo que é fruto incontornável de quem lida, diáriamente, com crianças vindas de diferentes proveniências que vêm parar ao mesmo local, a escola, tendo de respeitar as mesmas regras, levar o mesmo tratamento, mas tudo vivido por dentro de moldes tão díspares!
Seria bom que o resultado do nosso esforço atenuasse as consequências de berços tão desabrigados... haverá sempre grandes diferenças, sem dúvida, mas quando são cruelmente impostas pelo nascimento é muito muito injusto, deveríamos empenharmo-nos em tornar a pena mais leve a quem nasce com o fardo da miséria humana às costas!

2 comentários:

Anónimo disse...

A crueldade infantil não é só de agora.

Eu, porque vim do estrangeiro com 6 anos sem saber, praticamente, falar português, e fui direta para a 1ª classe, sei de cor e salteado o que é a crueldade infantil e vão tantos anos.

Hoje em dia há mais, mas também há muito mais crianças a estudar.

Cuidado com a história do miúdo dos "morangos". Achei que estava muito mal contada, a história.


Beijinhos

inespimentel disse...

Muito simplificada, demasiado inocente, a dita história!
Acredito e prevejo que seja a versão soft da "vedeta"... mas parece-me improvável que tenha existido uma provocação que merecesse tamanha reacção...aliás não imagino nenhum picanço de noites com este desenlace se não estiverem envolvidos sentimentos de revolta e desiquilíbrios profundos!
... e é verdade sim, a crueldade dos miúdos é de sempre, mas também educando se consegue como resultado crianças mais sensíveis!
Bom dia para ti, Marta

o que me faz feliz

o que me faz feliz
o meu mundo ao contrário

O meu Farol

O meu Farol

A bela foto

A bela foto
o descanço dos meus olhos

A minha cama na relva

A minha cama na relva

O meu Algarve

O meu Algarve

...enquanto uns trabalham...

...enquanto uns trabalham...